“Agora só depende da Justiça”, diz delegado sobre pedido de prisão do acusado de matar médico

O titular da Delegacia de Homicídios, Wellington Ferraz, solicitou à justiça pedido de prisão preventiva do homem acusado de desferir a paulada no médico Jailson de Amorim Mariano, de 31 anos de idade, que não resistiu ao ferimento e morreu na tarde do último sábado (30), na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do HCAL, onde estava internado.
O autor do crime, que não teve a identidade revelada, segue foragido desde o dia do fato, 24 de julho. Várias pessoas foram ouvidas pela autoridade policial na última semana. Através dos depoimentos, a polícia concluiu que o acusado teve a intenção de matar a vítima.
Ferraz explicou ainda, o por que de não pedir o mandado para outras pessoas que estavam na briga, que culminou com a morte de Jailson.
“Que pese ter tido uma confusão generalizada com empurra empurra, socos e pontapés, a briga já havia sido cessada, as pessoas já tinham sido apartadas, quando este indivíduo se afastou de perto das pessoas e de forma pré-ordenada, pensada, pegou um pedaço de madeira que estava fincada na terra, se aproveitou de um momento de distração do médico, da baixa vigilância dele e de costas, esse elemento se aproximou e deu um violento, um abrupto golpe, de maneira que fez com que a vítima desmaiasse e tivesse todo esse transtorno, que foi do traumatismo craniano, evoluindo ao óbito. As circunstâncias do caso, demostraram que ele tinham a intenção de ceifar a vida da vítima. Então, agora só depende da justiça. Estamos aguardando o pronunciamento do judiciário, seja para decretar a prisão ou não “, explanou.
O delegado enfatizou que está confiante na decisão da justiça e disse ainda que tudo que esteve ao alcance da Polícia Civil (PC) para elucidar o caso, foi feito.
“Saindo essa prisão, vamos capturá-lo o mais rápido possível. O que pudemos fazer, nós fizemos e vamos continuar fazendo. Estamos engajados, envolvidos com o caso. Precisamos ouvir outras pessoas e, claro, ouvirmos o suspeito também “, finalizou.
Relembrando o caso
O médico foi agredido quando retornava com a família de um terreno localizado no Lontra da Pedreira, na AP 070. Segundo relatos, no momento em que desembarcava em um pier no balneário, uma mulher iniciou a confusão, alegando que a embarcação que Jailson e seus parentes estavam, havia batido no barco dela.

Mesmo tirando por menos, a família do médico foi surpreendida por um homem que estava exaltado e partiu pra cima da vítima. Ainda segundo informações, ele foi empurrado, escorregou e acabou caindo ao chão, iniciando nesse momento uma briga generalizada.
Além do médico, outras pessoas da família foram feridas, mas nenhuma gravemente.
As investigações
A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), começou a ouvir testemunhas e pessoas envolvidas no fato.
O delegado Wellington Ferraz, que preside o Inquérito Policial (IP), explicou que, dependendo dos depoimentos, estava averiguando de que forma iria tratar o caso, e que dependendo das apurações, iria verificar se ficaria evidenciado, de fato, se foi tentativa de homicídio ou lesão corporal grave ou gravíssima. Porém, com a morte de Jailson, o caso passou a ser investigado como homicídio.
O médico teve traumatismo crânio-encefálico. Ele estava em coma induzido e foi retirado da sedação.
Jailson trabalhava em várias unidades de saúde de Macapá, entre elas o HCAL, a UPA da zona sul e a UBS do Marabaixo.