Política

Alap deve decidir hoje afastamento de deputado Negrão, acusado de rachadinha

Uma sessão extraordinária foi convocada para hoje, às 10h, virtualmente, pelo presidente da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap), Kaká Barbosa (PR), para conhecimento, análise e deliberação sobre pedido de afastamento cautelar do deputado Doutor Alberto Negrão. O pedido foi do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O deputado é investigado pela Polícia Federal (PF) por suposto crime de rachadinha de salários, compra de votos e nomeação de funcionários fantasmas. A ação se deu na Operação “Terça Parte”, deflagrada pela PF em 14 de maio.

PF apura esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Amapá

Terça Parte

A investigação iniciou-se em dezembro de 2020, dois dias antes das eleições municipais em Macapá, quando um indivíduo foi surpreendido, em sua residência no bairro Jardim Equatorial, com diversas cestas básicas, dinheiro em espécie e farto material de campanha para um candidato a vereador, indicando a possível prática do crime de corrupção eleitoral.

Com o avanço das investigações, apurou-se indícios que um parlamentar estadual seria responsável por esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa, bem como se valia de assessores para cooptarem eleitores, com promessa de pagamento de cinquenta reais por cada voto, bem como utilizava da estrutura de hospital particular na capital e do hospital universitário, por intermédio de empregados dos estabelecimentos que também eram assessores da Assembleia, para aliciar eleitores com a marcação de cirurgias, exames e consultas em troca de votos.

Terça Parte refere-se ao percentual que era repassado aos assessores fantasmas, de forma que os membros da organização criminosa ficavam com os 70% restantes.

Foram cumpridos, ao todo, 12 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados, na sede de uma empresa de contabilidade envolvida nos crimes, e na Assembleia Legislativa.

Além do deputado, foi determinado o afastamento cautelar de 20 servidores da Alap, do HU e de outros órgãos públicos. Também está sendo feito o monitoramento eletrônico de 6 investigados.

Confira o documento:

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