Altas temperaturas aumentam casos de infecção urinária
Especialista alerta para as formas de prevenção da doença.
As altas temperaturas e o calor característico do verão amazônico este ano traz uma preocupação a mais. Com sensação térmica que pode chegar até 50ºC, segundo o Núcleo de Hidrometeorologia do Iepa, os casos de infecção urinária ficam mais recorrentes no estado.
De acordo com o clínico geral Jonatas Oliveira, a alta temperatura afeta diretamente as defesas do corpo, em âmbito bioquímico e macroscópico. “70% do nosso corpo é água. Com a alta temperatura que estamos enfrentando, a tendência é a desidratação mais rápida, o ressecamento dos cílios, nariz, boca, garganta e órgãos genitais, e, com o calor, se proliferam fungos e vírus que habitam em nosso organismo”, explica.
O profissional também alerta que pessoas com comorbidades precisam de um cuidado maior, já que as patologias tendem a se manifestar ou agravar com a baixa das defesas do corpo, decorrentes, muitas vezes, da falta de líquido. Para se proteger e minimizar os efeitos do calor, o médico orienta uma série de cuidados para evitar a desidratação que pode desencadear na infecção urinária.
“A água não é a única fonte de hidratação que temos. Sucos, frutas, caldos, leite, água de coco e mel são exemplos de líquidos de boa procedência para o consumo. Também é importante evitar os horários de pico de calor, das 10h às 16h, e usar diariamente protetor solar”, recomenda.
Sintomas
Os primeiros sintomas gerais dessa infecção causada pelo calor são alterações ligadas às áreas de nariz, boca, garganta e saídas de fezes e urina, que são as primeiras que ressecam. Os pacientes apresentam febre, sensação de dor na parte inferior da barriga, coceira, incômodo, ardência, dor ou secreção. Também sintomas mais comuns como indisposição, dor de cabeça e dores nas costas podem se apresentar.
“É preciso estar alerta, pois estamos em um surto de infecção urinária, se hidrate e mantenha as defesas do corpo ativas. Se sentir sintomas, mesmo que não sejam novos, procure uma unidade de saúde para investigar e não permitir que a doença avance”, alerta o médico.