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Amapaense é uma das 10 finalistas de concurso de moda com mais de 900 inscritos

A amapaense Fernanda Bastos, de 28 anos, é uma das dez finalistas do Concurso Sol de Algodão que teve mais de 900 inscritos. O concurso une a Associação Brasileira de Produtores de Algodão junto com a Casa de Criadores, que é uma das principais passarelas para designs emergentes do Brasil. A iniciativa busca incentivar estudantes de moda a se desafiarem e participarem de um desfile numa das principais passarelas para designs de moda do Brasil, que é a Casa de Criadores.

“Esse concurso busca incentivar os estudantes de moda a se desafiarem e produzirem coleções autênticas e conceituais”, disse Fernanda.

No final do ano, ela vai apresentar uma coleção com seis looks na passarela da Casa de Criadores para concorrer ao prêmio de R$ 30 mil para ser aplicado numa vaga conquistada para desfilar no próximo ano dentro da Casa de Criadores.

“Esse é um dos principais concursos para jovens designs, onde o que eu produzo é voltado pro norte, é sobre a nossa cultura e eu pretendo que o meu design, o design de moda que eu produzo, sempre mostre isso. Eu escolhi ficar no norte, eu escolhi estar no norte para trabalhar com moda e a moda do norte é uma moda muito, muito autêntica, muito preciosa, cheia de cultura e muito viva e eu quero mostrar isso para o mundo todo”, afirmou.

Fernanda (à direita) já participou de outros desfiles apresentando suas criações

Quem é a finalista

Fernanda é estudante de design de moda em Belém do Pará, e ganhou uma bolsa pelo Prouni. Ela conta com auxílio da Casa do Estudante do Amapá no Pará, que auxilia estudantes que precisam sair do estado para cursar o ensino superior em Belém. “Eu sou artesã desde a minha adolescência, muito por influência familiar. A minha avó era costureira para ajudar na renda dentro de casa, então todas as filhas acabaram aprendendo, e a gente foi crescendo vendo esse ofício. Essa era uma das minhas brincadeiras favoritas, pegar os retalhos do trabalho da minha mãe, que era professora, para fazer artesanato. E depois do meu ensino médio, eu fui buscar especialização, fiz costura industrial, fiz técnico e artesanato no Cândido Portinari”, disse a artesã.

Artesã iniciou na profissão por influência familiar

Já em 2016 a artesã começou a experimentar trabalhar com bolsas e acessórios. “Trabalhava com resíduos de jeans, resíduos de tecido, porque como eu aprendia basicamente sozinha, era muito na tentativa e erro. Então eu sempre estava errando, sempre estragava tecido, sempre precisava voltar. E comprar tecido para fazer isso acabava sendo muito caro. Então eu via na reutilização uma forma muito mais prática de trabalhar. E hoje em dia é uma regra dentro de tudo que eu faço, é a sustentabilidade”, afirmou.

Peças assinadas por Fernanda são feitas a partir da reutilização de tecidos

Em 2008 ela fundou a Selvatica, que é uma marca de bolsas e acessórios genuinamente amapaense. “Essa marca tem como design, a principal diferença, um design colorido que reutiliza sempre resíduos. Hoje em dia a gente já trabalha com resíduos de tapeçaria, resíduos de resíduos de roupa, resíduos têxteis no geral e vendemos já para todo o Brasil”, disse.

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