Polícia

Após ser reconhecido como faccionado, jovem é executado na hora do almoço no Novo Horizonte

Agentes da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (Decipe), continuam as diligências a fim de encontrar pistas que possam levar aos autores da morte de Armad Habibi Rodrigues Barbosa, de 23 anos de idade, ocorrida na tarde de ontem, 24, na zona norte da cidade de Macapá.

O delegado que preside o Inquérito Policial I(P) que apura o caso, Cesar Ávila, acredita que o caso está relacionado a guerra entre as Organizações Criminosas (ORCRIM) e disse que mesmo tendo sido praticado durante o dia e na frente de muitas pessoas, a maior dificuldade da polícia está em conseguir testemunhas que possam levar a Identificação dos acusados.

“Foi um homicídio que aconteceu por volta das 13h. A vítima estaria almoçando com familiares, tomando açaí na porta de sua casa, quando dois indivíduos que estavam armados encostaram e questionaram sobre ele integrar ou não uma facção criminosa. Essa vítima teria indicado que não fazia mais parte e, mesmo assim, a dupla fiz uma espécie de consulta. Tiraram foto dele e mandaram pra alguém. A partir daí, confirmaram que ele seria integrante dessa ORCRIM e os dois passaram a executá-lo, a efetuar disparos. A vítima ainda tentou correr, mas o primeiro disparo teria atingido a cabeça. Então ele caiu e, em caído ao solo, os dois continuaram a atirar. Em seguida, eles fugiram a pé para uma área de pontes ali próximo. Muitas pessoas viram o fato, presenciaram, mas mesmo assim, temos dificuldade em identifica-los. Porque as pessoas ficam temerosas”, contou Ávila.

Delegado César Ávila

Armad Habibi, que tinha passagem pela polícia pelo crime de roubo, morreu na hora. O óbito dele foi confirmado com a chegada dos médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A perícia na cena do crime foi feita pelos período da Polícia Científica (Politec). O ex-detento foi atingido com pelo menos seis tiros na região na cabeça e nuca. Parentes dele informaram aos investigadores que os atiradores

“Iniciamos as investigações para identificar os assassinos. Sabemos que usavam dois revólveres, mas não sabemos ainda se eram calibre 32 ou 38. Essa vítima era integrante de uma facção que dominava aquela região. No entanto, recentemente, aquele local foi tomado por uma organização rival.

A Polícia Militar relatou que na noite anterior, ali houve um intenso tiroteio, mas ninguém foi preso.
E agora houve essa execução. Então, tudo indica que seja em decorrência das guerras de facções”, ponderou o delegado, alertando sobre os inocentes que acabam sendo atingidos nesse confronto.

“É uma guerra e, infelizmente, é possível que haja esses danos, e que são bem piores, porque são inocentes que terminam sendo envolvidos. Eles não tem o preparo e inocentes acabam entrando na linha de fogo e pagando um preço alto, que é com a vida. Mas a Decipe está fazendo o seu trabalho. Estamos identificado esses líderes, que comandam, que determinam esses confrontos, que fornecem essas armas, para que eles sejam responsabilizados”, garantiu.

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