Polícia

Assaltante que atraia vítimas com falsas ofertas pelas redes sociais, morre ao atirar na Polícia

O criminoso com pelo menos 13 passagens pela polícia, identificado como Paulo Roberto de Oliveira França, morreu na tarde deste sábado (9), após abrir fogo contra agentes da Polícia Civil (PC). O fato se deu na Travessa Manoel Pacífico Cantuária, no bairro Pacoval, em uma região conhecida como Baixada da Xexênia, na zona norte de Macapá.

No detalhe a arma utilizada

De acordo com informações, durante um trabalho de campana realizado por equipes da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP) e da Core, sob a coordenação dos delegados Vladson Nascimento e Kleysson Fernandes, o assalte que fazia parte de uma organização criminosa, foi flagrado no momento em que praticaria um assalto. Na tentativa de fazer a abordagem e prisão de Paulo Roberto, os agentes da segurança pública foram surpreendidos por ele, que sacou uma arma de fogo e efetuou pelo menos dois disparos contra os PCs.

Delegado Vladson, responsável pela ação disse que ele atraia as vítimas para o roubo

“Esse elemento fazia parte de um grupo especializado em aplicar golpes pelas redes sociais. Parte desse bando está no presídio, inclusive fora do Estado, e de lá fazem a negociação. São eles que alimentam as páginas com as propagandas falsas, com objetos que não existem, só pra atrair a vítima até o local. Neste caso, nós já estávamos trabalhando essas informações. Faltava somente capturar esses indivíduos. Mas, ele acabou reagindo contra os policiais e levou a pior, porque, rapidamente, nossos policiais interviram e conseguiram evitar”, explicou Vladson.

Ele atirou nos policiais

Ainda segundo informações, a polícia recebeu várias denúncias anônimas sobre a prática criminosa que vinha acontecendo no local.

“Durante a semana toda nós recebemos diversas ligações de que indivíduos que se passavam por vendedores de objetos em aplicativos da internet, como o marketplace no Facebook e a OLX, marcavam esse local para fazer a transação de compra e entrega falsas e, quando chegavam aqui, as vítimas eram tomadas de assalto”, revelou a autoridade policial.

Conforme relatos, os bandidos subtraíam os celulares, jóias, além de obrigarem as vítimas a fazerem pix forçados.

“Nós tínhamos várias informações, já tínhamos um direcionamento e decidimos, no dia de hoje, montar uma campana nas proximidades e aguardar novas denúncias. Foi o que aconteceu. No momento em que nós fazíamos o trabalho de inteligência, o levantamento do local, nós percebemos a aproximação de dois indivíduos numa bicicleta, um homem e uma mulher, e quando a gente resolveu abordar, esse elemento colocou a mão na cintura e sacou a arma e fez dois disparos contra nossa equipe. Os tiros chegaram a atingir a parede de uma das residências. Nós tivemos que intervir e esse indivíduo veio a óbito. Infelizmente, a vítima que eles estavam prestes a dar o bote, ficou com medo e acabou fugindo”, disse Nascimento.

Paulo Roberto, de acordo com os levantamentos policiais, integrava um grupo criminoso denominado Bonde do Pé na Porta, que ficou conhecido pelas inúmeras ações delituosas que cometeram. Uma delas, o latrocínio (roubo seguido de morte) que vitimou Nicollas Matheus Almeida, ocorrido em maio, no centro da cidade.

“É um grupo violento, que tomava as vítimas em assalto sempre apontando armas na cabeça, e não pensam duas vezes em efetuar disparos. A última que soubemos, eles só não mataram a pessoa, porque a arma negou. Ou seja, a forma que esse elemento agiu contra a polícia num evento desses, vocês imaginem como fazem com as vítimas, com uma pessoa que tá desarmada, que não quer ver seu patrimônio dilapidado”, ponderou o delegado.

Valeria foi presa e disse que não sabia que ele estava armado

A mulher que estava na garupa da bicicleta de Paulo Roberto, foi presa. Valéria Moreira Gomes, de 25 anos,  conhecida no submundo do crime como “Imperatriz”, estava fazendo uso de uma tornozeleira eletrônica. Ela responda a pelo menos 12 processos judiciais. Segundo as investigações, o papel dela nas atuações criminosas, era passar a  sensação segurança para as vítimas.

“Reconhecemos ela após a prisão. É importante falar que as investigações não estavam direcionadas para essas pessoas específicas, mas sim para o grupo no geral, que fazia essas comercializações. Essa

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