Cidades

Casal denuncia homofobia em restaurante na orla de Macapá

Um casal de mulheres denunciou nas redes sociais e à policia, um crime de homofobia que sofreram quando estavam num localizado na Orla do Santa Inês, em Macapá.
As mulheres relataram que o ocorrido se deu no dia 26 de fevereiro (sábado), por volta de 13h30, quando foram almoçar no restaurante, lugar que sempre gostaram e indicavam para outras pessoas e se surpreenderam com a forma que foram tratadas.

Boletim de ocorrência registrado


“Nó ficamos muito surpresas com a abordagem, porque costumávamos frequentar o local com bastante frequência e sempre fomos muito bem atendidas. Já fomos com nossa família, com amigos e inclusive a gente vivia recomendando para amigos, o que nos fez sentir pior. O sentimento é de muita humilhação e todas as vezes que tocamos no assunto é muito sofrido”, diz uma das mulheres, que quer resguardar sua identidade.
O fato se deu quando um homem chegou na mesa das mulheres que estava na parte da frente do restaurante Encanto Amapaense, se dizia dono do estabelecimento e estava abastecendo o local. Ele falou à elas que não queria contato entre elas, nenhum tipo de afeto, nem “agarramento” na frente do seu estabelecimento, e finalizou que o restaurante era dele e ele não as queria lá.
“Ele nos intimidou, se aproximou e aproveitou que não tinha mais ninguém para poder falar que não nos queria ali. Deu vontade na hora de fazer um escândalo, mas ficamos com medo. Temos medo de agressão e essas coisas. Mas estávamos nos comportando como qualquer outro casal que estava esperando seu pedido. Ficamos abaladas, nós fomos oprimidas, é o pior dos sentimento, foi uma marca emocional que ficou na gente”, relata a segunda mulher.
Elas fizeram um boletim de ocorrência, denunciando o crime, pois se sentiram oprimidas, estavam bastante nervosas. “Eu me tremi, me senti perdida, àquele sentimento de impotência, nos sentimos diminuídas mesmo” relata.
O portal Alyne Kaiser ouviu o proprietário do Restaurante Encanto Amapaense, Daniel Souza, que disse que o seu estabelecimento está sofrendo difamação e não foi apresentado provas até agora. Ele diz não ser homofóbico, e que frequenta locais do movimento LGBTQI+ e se diz fazer parte também do movimento e que vários casais LGBTQI+ frequentam o restaurante e já se beijaram lá e nunca sofreram discriminação. Ele informou que no sábado, 26, não esteve no restaurante. Completou que “palavra delas contra a nossa. Depois que se der tudo provado na justiça e o portal vai ter que se retratar publicamente. Acho que quem terá que ir na justiça seremos nós para pararem com essa difamação “,finalizou a entrevista.

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