Ciclo do Marabaixo começa neste sábado, na Favela
São pelos caminhos da Favela, no bairro Santa Rita, que as caixas de marabaixo vão entoar seus primeiros toques de nosso ritmo tradicional, fazendo a abertura oficial de mais uma edição do Ciclo do Marabaixo.
Cumprindo o calendário litúrgico da igreja católica, os festejos em louvor à Santíssima Trindade começam neste Sábado de Aleluia,16 de abril, a partir das 17h, no Barracão da Tia Gertrudes, na avenida Duque de Caxias, com transmissão ao vivo pelas redes sociais e também presencialmente, com apresentação da carteira de vacinação contra a COVID-19.
Para este ano os festeiros e promesseiros farão um debate com a “Live do Barracões” tendo como temática “Ciclo do Marabaixo, valorizando o Patrimônio Imaterial do Amapá 2022” que será transmitido pelas redes sociais do Berço do Marabaixo.
Na Favela, o Ciclo do Marabaixo é uma herança deixada por Gertrudes Saturnino de Loureiro, que após a sua saída da frente da cidade, a pedido do governador da época, resolveu reconstruir sua história na Favela, onde criou seus filhos e netos, deixando a eles e toda esta geração, o legado das festividades.
Esta manifestação realizada por famílias tradicionais dos bairros da Favela e do Laguinho, e na área rural de Macapá, em Campina Grande, começa no sábado de aleluia e tem seu encerramento no domingo, após o dia de “Corpus Christi”.
A marabaixeira e neta de Gertrudes, Valdinete Costa, disse que depois de dois anos sem a realização das atividades presenciais do ciclo do marabaixo, 2022 será de reencontros e agradecimentos à Santíssima Trindade e ao Divino Espírito Santo pelas batalhas vencidas e de um recomeço para todos.
“Precisamos manter viva a tradição de nossos antepassados e preservar a memória de nossa gente que ajudou a construir nossa Macapá nos deixando a responsabilidade de darmos continuidade a este momento que une a nossa fé e a cultura” finalizou Valdinete.