Cidades

Coordenação do concurso Mister Black afirma que candidato de pele mais clara continua na competição

A apresentação dos candidatos a Mister Black Amapá 2021 gerou polêmica nas redes sociais devido a um dos participantes possuir um tom de pele mais claro. Rodrigo de Rocha, de 26 anos, é representante da comunidade quilombola São João do Maruanum, foi criado no bairro Laguinho e descendente de pai negro e mãe branca.

Muitos comentários críticos e memes foram gerados na internet por causa desta situação. De acordo com o coordenador do concurso, Ray Balieiro, os candidatos foram escolhidos pela internet, a comissão analisou a descendência, como as raízes dos candidatos, a cultura e identificação com etnia.

Rodrigo de Rocha, de 26 anos, é representante da comunidade quilombola São João do Maruanum

“Iremos manter Rodrigo sim. Ele é um candidato e todos o apoiam. Além de seus concorrentes, a comissão e organização do evento também. Ele ficou triste no início com os memes, mas hoje sua popularidade está crescendo e está recebendo muito apoio”, ressalta.

O concurso acontece em novembro, no Dia de Zumbi dos Palmares, junto com a competição feminina Pérola Negra. Os candidatos foram apresentados nas redes sociais do concurso. Uma das categorias é Popularidade, dada a quem mais receber visualização. São 23 candidatos concorrendo ao posto de Mister Black.

São 23 candidatos concorrendo ao posto de Mister Black.

Ray Balieiro diz que, a priori, ficou muito revoltado com os comentários sobre a candidatura de Rodrigo. Disse que as pessoas nas redes sociais não medem os sentimentos das pessoas, que atacam sem nenhum respeito, sem nenhuma humanidade. Mas, no final, Ray está vendo outro lado de toda essa polêmica. Com a repercussão, o concurso ganhou mais visualizações e destaque, e o jovem Rodrigo também está ganhando muitas visualizações.

“Com limões fazemos limonadas, pois o concurso está bombando. O Rodrigo recebendo muito carinho e apoio. E, no final, vamos fazer um excelente concurso para mostrar toda essa beleza masculina que os afros brasileiros têm”, afirma Balieiro.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo