Polícia

Corpo de Bombeiros começa a apurar confusão entre militares que terminou com um baleado

A Corregedoria do Corpo de Bombeiros do Amapá instaurou nesta terça-feira (2), um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar uma confusão entre um tenente e um sargento da corporação, ocorrida no último domingo (31) em Macapá, que terminou com o oficial baleado.

“É uma sindicância de cunho militar. Vale ressaltar que foi um fato ocorrido num ambiente externo, eles estavam no seu dia de folga, mas há sim, indícios de cometimento de crime. Por isso, foi aberto esse IPM que, posteriormente, será encaminhado ao Ministério Público, que pode arquivar ou sugerir a ação junto à justiça”, explicou o comandante da instituição, coronel Wagner Coelho, afirmando que esse é um procedimento de praxe.

O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil (PC). Segundo informações, o sargento acusado de efetuado os disparos contra o colega de farda, já prestou depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), e na manhã de hoje (3), por meio de um advogado, prestou esclarecimentos da Corregedoria do Corpo de Bombeiros.

“Os informes que temos é que ele já está prestando as devidas oitivas para o delegado e através de sua defesa, com procuração, devido a problemas de saúde, se apresentou na nossa Corregedoria. Daí por diante, vai se desdobrar o inquérito na esfera militar, no prazo legal que tem, de cumprimento pelo encarregado. Tudo o que está sendo dito, vai ser posto nos autos. E isso tem que ser feito com bastante clareza, para que gente não tenha nenhuma história, a não ser a colocada nos autos, para que tenhamos uma conclusão”, detalhou Coelho.

Coronel Wagner, comandante do CBM

De acordo com relatos, os dois militares já tinham tido problemas anteriormente. Na versão da vitima, no dia do ocorrido, ela acabou se desequilibrando no meio da multidão e esbarrou no sargento, que não gostou e passou a xingá-lo e, em seguida, o empurrou. O tenente então revidou e o acusado caiu ao chão, sacando de imediato a sua arma e efetuando o tiro, que atingiu a perna do oficial.

Já o sargentos acusado, declarou por meio de seu advogado ao corregedor, coronel André Luiz, que foi agredido por várias pessoas e que, para se defender e preservar sua vida, precisou usar sua pistola. Ele alegou ainda, que sofreu uma fratura na perna, em decorrência do espancamento.

“Essas versões estão sendo colhidas pelos nossos encarregados, através do escrivão e, a partir daí, vamos conseguir chegar a uma conclusão para então, direcionar e encaminhada ao MP. Todas essas informações vão ser postas nós autos e vamos buscar a veracidade através de diligências. Sobre o ferimento no membro inferior do sargento, o nosso médico estava ontem de plantão no Hospital de Emergências e ele, realmente, deu entrada lá. As circunstâncias do ocorrido em relação a essa fratura serão investigadas. Se tiver alguma relação, vai ser posta nos autos”, garantiu o comandante.

A polícia investiga se uma mulher que registrou um Boletim de Ocorrências (BO), por ter sido alveja com um tiro, também foi vítima do militar.

“Já estamos fazendo contato com o delegado responsável pelo caso na PC, dentro do que preconiza tecnicamente a troca de informação dos dois procedimentos. Recebemos essa informação extra-oficialmente e vamos aguardar chegar até nós”, disse.

Se for considerado culpado, dependo do apurado e da condenação, o sargento poderá responder a uma advertência disciplinar ou até mesmo perder o cargo e a função pública.

Entenda o caso

Os dois militares estavam a paisana. O caso aconteceu durante a programação de encerramento do Macapá Verão.

Vítima e acusado estavam no cruzamento da rua Jovino de Noá com a avenida Antônio Coelho de Carvalho, na zona sul da cidade, quando se desentenderam.

O tiro transfixou a panturrilha do oficial que foi socorrido e levado ao HE, onde recebeu atendimento médico e em seguida foi liberado.

Após o fato, policiais militares fizeram incursões na tentativa de prender o sargento, porém, ele não foi encontrado.

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