Polícia

Corregedoria de polícia volta a pedir prisão de delegado acusado de forjar flagrante de drogas

A Corregedoria da Polícia Civil do Amapá pediu pela segunda vez a prisão preventiva do delegado Vladson Nascimento, acusado de forjar um flagrante de drogas e perseguir Amadeu Moraes Júnior, assessor parlamentar e sua atual namorada Semiana Chagas.
O caso já havia sido enviado para a 2ª Vara Criminal de Santana após o juiz se declarar incompetente para decidir. A defesa do delegado, do escritório Gabriel Oliveira Advocacia, manifestou irrestrito apoio à sua presunção de inocência e repudiou as campanhas midiáticas que tentam prejudicar a sua imagem.

As investigações apontam que o delegado Vladson teria agido por querer se vingar de Amadeu por ele estar namorando Semiana, que teria se envolvido com o delegado. Após o fim do relacionamento de Semiana e Vladson uma medida protetiva foi expedida.

A Corregedoria apurou que o delegado teria acessado sistemas que eram restritos da própria polícia civil e utilizava viaturas da polícia militar para monitorar Amadeu, e supostamente, teria feito a instalação de um rastreador no carro. Também teria tido a ajuda de um tenente da PM para “plantar” uma arma de fogo e drogas, o que resultou na sua prisão ilegal em 25 de outubro de 2024.

No dia 23 de dezembro de 2024, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do delegado Vladson, a Corregedoria afirma que constatou que ele havia formatado seu celular antes da chegada dos agentes, o que caracteriza tentativa de destruição de provas. Já na delegacia de Pracuuba, onde ele era delegado titular, porções de drogas foram encontradas em sua gaveta, compatíveis com as “plantadas” no carro de Amadeu.

O pedido de prisão alega que a prisão é necessária para garantir a ordem pública. O pedido foi assinado pelo delegado Tilly Agra Monteiro, chefe da Divisão de Feitos Funcionais da Corregedoria da PC. Também que a liberdade do delegado representa riscos.

O primeiro pedido de prisão foi negado e substituído por afastamento do cargo.

De acordo com a defesa, o advogado Gabriel Oliveira informou que seu é reconhecido por seu profissionalismo e laureado como Delegado do Ano de 2022, recebendo a estatueta Tucuju de Ouro. “O Delegado investigado não foi o responsável pela abordagem policial do Amadeu, tampouco foi quem realizou a lavratura do Auto de Prisão em Flagrante,. Ressalte-se que durante o flagrante em outubro/2024, houve pressão política para que o Delegado plantonista não autuasse o assessor”, disse o advogado.

Ele finaliza dizendo que a a Polícia Civil do Amapá possui software Israelense de última geração apto a extrair dados e informações de qualquer aparelho telefônico, computador ou eletrônico, além do que tem acesso ilimitado às nuvens (Google, Instagram, Whatsapp, backups, e-mails, fotos e etc.)
do investigado, razão pela qual não subsiste o argumento de que não foi
possível ter acesso as informações do aparelho dele”, disse Gabriel.

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