Cutias: Professora denuncia agressão de militares. Comando da PM diz que vai apurar denúncia

O Comando Geral da Polícia Militar (PM) do Estado do Amapá diz que irá apurar a denúncia de uma agressão física sofrida por uma professora de 40 anos de idade, no município de Cutias do Araguari – a 137 quilômetros de Macapá.
Segundo consta no Boletim de Ocorrências (BO), registrado por Elizete Tavares Vilhena, ela e o esposo foram informados que o filho do casal estava sendo abordado por uma equipe da PM na orla da cidade. Os dois decidiram ir ao encontro de Carlos Eduardo Araújo, quando encontraram o mesmo no meio do caminho. De acordo com a professora, nesse momento a guarnição se aproximou e iniciou uma segunda abordagem de maneira truculenta.
Na versão de Elizete, os policiais frearam bruscamente a viatura na frente do veículo dela e desceram com armas em punho, chamando palavrões, pedindo para o marido da mesma saltar do carro. A mulher conta que começou a gravar a ação dos militares, e, quando perguntou o nome de um deles, foi imprensada sobre a VTR e recebeu socos em seu rosto. O telefone celular da vítima teria caído e quebrado após as agressões.
Elizete recebeu os primeiros atendimentos na Unidade Básica de Saúde (UBS) e depois foi trazida para a capital amapaense, onde foi atendida novamente no Hospital de Emergência (HE), e depois foi conduzida e apresentada no Ciosp do bairro Pacoval por desacato a autoridade. Depois ela registrou um BO contra os PMs na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM).
Por outro lado, os policiais militares envolvidos contaram que estavam abordando um grupo de pessoas suspeito de estar consumindo substâncias entorpecentes. Entre eles, estava Carlos Eduardo, filho da professora. Na abordagem, um homem, de prenome Hugo, que seria um traficante, acabou detido e quando a equipe estava indo com ele para a residência do mesmo, no meio do caminho, um carro, dirigido pelo marido de Elizete se aproximou da viatura e freou de forma brusca.
Os PMs relataram também que o esposo da suposta vítima foi convidado a descer do veículo, mas se recusou. Foi então que começaram as ofensas e os desacatos às autoridades. Com o celular nas mãos, a mulher começou a filmar e teria ainda puxado um dos agentes de segurança pelo ombro, momento em que, por impulso, ele bateu no aparelho, que caiu. O sangramento no nariz da professora, segundo os militares, foi ocasionado pelo próprio filho da vítima, que a puxou pelo braço, fazendo com que ela se desequilibrasse e caísse, machucando o cotovelo e o nariz.
A corregedoria da PM abriu procedimento para apurar o caso.