Cultura

DE REPENTE

De repente sinto-me envolto
em dissabores.
De ti, não ouço nem rumores.
Hesitante, sigo sem rumo,
como um tolo que perdeu o prumo.

A vida flui, no ralo do tempo, escoa.
O sinal do ocaso, no horizonte ecoa.
Caminho pelas ruas, à toa,
Sem afagos, abraços ou loas.

De repente, flagro-me taciturno
Um ser silente, noturno
Sou um poeta irônico
Ora tímido, ora lacônico

Então, vejo-me no escuro
Tudo parece estranho, obscuro
Volto a ser um nascituro
Abrigado na concha, imaturo

De repente, escuto tua risada
E surges de forma desvairada
Era apenas um flasback em minha mente
A rebuscar lembranças de antigamente

Assim, permaneço sem resposta
Eras a minha melhor aposta
De repente, tudo se desfaz
E as doces reminiscências
Ficam para trás….

Klezer Paiva
Poeta por Amor

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