Polícia

Defesa afirma que capitão da PM que alvejou uma pessoa em bar agiu em defesa de terceiros

A defesa do capitão Hardey da Polícia Militar (PM), acusado de ter alvejado um homem de 27 anos durante uma confusão em um bar, no bairro Pacoval, alega que o oficial, que estava de folga, agiu em legítima defesa de terceiros.

O advogado Marcelino Freitas contou que seu cliente estava dormindo e foi acionado para acudir o irmão que estava sendo agredido por várias pessoas.

“Naquela madrugada, o irmão do capitão estava se divertindo em um bar próximo a casa deles, muito conhecido ali naquela região, quando se envolveu em uma contenda. Após isso, ele foi embora pra sua residência, porém acabou retornando para o empreendimento. Nisso, o capitão que estava dormindo, foi chamado para acodí-lo . Por ser um militar e ter o porte de arma, ele levou consigo o seu armamento, que é próprio. Chegando lá, ele viu que o irmão estava sendo espancado por um grupo, inclusive, com garrafadas. Tanto que ele levou 29 pontos no rosto. O meu cliente vendo toda aquela situação, foi em defesa do seu irmão e efetuou um disparo para se proteger e proteger o seu irmão, mas infelizmente, veio a atingir uma das pessoas que estava envolvida na briga”, detalhou Freitas.

Defesa diz que “contradições estão sendo dirimidas pela polícia judiciária”.

O fato foi registrado pelo Ciodes na madrugada da última segunda-feira (4), na rua São Paulo. Wilson Fernandes Monteiro, que é filho de um major da reserva da PM, foi levado e socorrido no Hospital de Emergências (HE) e não corre risco de morte.

Uma equipe do 6° BPM compareceu no local da confusão. Segundo informações, Hardey chegou a informar no dia que efetuou um disparo para cima, apenas para assustar os indivíduos, e que a bala ricocheteou, vindo a atingir Wilson. A versão dele foi confrontada pelo pai da vítima.

Irmão do capitão está com camisa azul de um time paraense. Família da vítima contesta versão da defesa

“Essas contradições estão sendo dirimidas pela polícia judiciária. Nós não temos informação exata sobre isso. O inquérito policial está sendo pelo delegado que, ao final, vai relatar a versão oficial dos fatos. Por enquanto, essas contratações não podem ser sustentadas, nem pela defesa, nem pela acusação, nem pelo pai do rapaz que foi atirado, nem pelo capitão e nem pelo irmão dele. Tudo vai ser solucionado ao final do IP”, explicou o advogado Marcelino.

O capitão Hardey, de acordo com sua defesa, se apresentou espontaneamente no Ciosp do Pacoval e entregou a arma de fogo.

A Corregedoria da Polícia Militar abriu uma sindicância para apura uma suposta tentativa de homicídio. Na última terça-feira (3), o coronel Elvis Murilo de Azevedo, se pronunciou sobre o ocorrido e garantiu que o militar teve suas férias suspensas, até que o caso seja esclarecido.

Coronel Elvis Murilo garantiu que o militar teve suas férias suspensas, até que o caso seja esclarecido

“Esse é um fato que tem indicativos de um crime comum. Por isso, vamos aguardar a investigação da Polícia Civil para termos elementos suficiente, para nos subsidiar no nosso procedimento. Mas, que fique claro, que a instituição não coaduna com esse tipo de comportamentos”, enfatizou o coronel.

O caso segue sendo investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe). Procurado pela nossa equipe, o delegado que preside o inquérito disse que ainda não pode falar sobre o andamento dos trabalhos.

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