Draco fecha cerco contra líderes de facções e cumpre mandados dentro da penitenciária

Com o intuito de confirmar de onde estão partindo as ordens para as constantes matanças que estão acontecendo no Amapá, a Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), com o apoio de outras unidades da segurança pública, cumpriu na manhã desta quarta-feira, 15, mandados de busca e apreensão dentro do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). As revistas aconteceram nos pavilhões F1 e F2, que, de acordo com as investigações, é reduto de duas organizações criminosas que atuam no estado.

“Essa duas facções estão em guerra. A nossa ação visou identificar e confirmar de onde partiram as ordens dessa matança generalizada que vem acontecendo. Inclusive, nos últimos dias, tomamos conhecimento que chegaria a policiais, a membros da segurança pública”, alertou o delegado da Draco, Estefano Santos, que coordenou a operação. O foco específico, segundo a autoridade policial, foi aonde as lideranças das organizações moram. A varredura minuciosa aconteceu em 16 celas.
“Conseguimos êxito nas buscas e apreendemos aparelhos celulares. Aproximadamente oito. Esses telefones são de extrema importância para as nossas investigações. Encontramos também algumas agendas e cadernos com anotações importantes, e apetrechos que eles usam, como carregadores, fones de ouvido e armas branca”, disse Santos.

Porções de drogas, possivelmente maconha e cocaína, e envelopes de LSD também foram apreendidas. Estefano enfatizou que o material encontrado servirá para reforçar o Inquérito Policial (IP) que indiciará os responsáveis pelos crimes. “Trata-se de uma ação importante. Nós estamos preparando, robustecendo o nosso inquérito para indiciar os membros dessas facções e tomar uma atitude mais enérgica. Estamos trabalhando, inclusive, a possibilidade da transferência desses indivíduos para tentar trazer um pouco mais de calma para a população do nosso Estado”, revelou o delegado.

Além dos agentes da Draco, policiais civis das delegacias dos municípios de Mazagão e Porto Grande, militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e policiais penais deram apoio na operação. “A ação foi coordenada pela Draco, mas tivemos o apoio dos colegas delegados dessas outras DPs e do policiais do Bope. Foram eles que fizeram a retirada e contenção dos presos, enquanto a nossa equipe, juntamente com os policiais penais, fazia as revistas nas celas”, finalizou o coordenador da operação.