Cultura

Edital da Fumcult é anulado e diretor-presidente anuncia seu pedido de exoneração

Depois de manifestação e protestos de artistas, a Prefeitura de Macapá anulou o Edital 001/21 da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult), nesta sexta-feira, 24. O diretor-presidente, Alan Cristofen, anunciou seu pedido de exoneração em seu programa de rádio.  

Em nota oficial, a Prefeitura de Macapá esclarece que, para ampliar e atender todas as necessidades identificadas pelos agentes culturais macapaenses, a Fumcult decidiu anular o processo de seleção para o fomento de artistas que se dava a partir do Edital 001 de 2021.

A decisão se deu depois que o prefeito Antonio Furlan recebeu os manifestantes na quinta-feira, 23, onde ouviu as reivindicações e solicitou que aguardasse a tarde desta sexta para dar uma resolução em forma de nota oficial, ele encaminhou ao setor jurídico que fizessem a avaliação do edital, que decidiu pela anulação.

Artistas fizeram protesto em frente ao prédio da PMM
Fotos: Celiane Freitas

“Assim, futuramente, a Fundação vai estruturar um novo certame que seguirá ordenamentos de forma democrática, em concordância com os anseios da categoria e os direcionamentos jurídicos cabíveis e fará a devida publicidade”, disse em nota.

Dj anunciou sua saída em programa de rádio

No início da tarde desta sexta-feira, o diretor-presidente da Fumcult, Alan Cristofen, em seu programa de rádio, anunciou que sairia da instituição. Ele agradeceu a equipe da Fundação e destacou que não daria mais para ele ficar. Disse que continuará apoiando o prefeito Furlan. E que ficou ofendido com a manifestação feita por grupos de artistas em frente à prefeitura.

Para os representantes do movimento, a decisão foi a mais acertada, pois o edital apresentou muitas erratas, e não atendeu ao que proponha, mas eles aguardam por novas ações para a cultura, pois o ano está perto de acabar para poder utilizar os recursos do Fundo Municipal de Cultura.

“Temos necessidade de mais regularidade nos pleitos, especialmente seguir pelo rito legal da regulamentação do Fundo Municipal de Cultura. Também precisamos ter na consulta pública ampla uma forma de diminuir os ruídos de entendimento entre gestão e segmento cultural. Assim teremos editais mais coesos e sem ambiente de desconfiança”, destaca o produtor cultural Josimar barros, da produtora cultural Duas Telas.

Produtor cultural Josimar Barros

De acordo com Josimar Barros é importante todos os artistas contribuírem também de forma propositiva e não ficar apenas nas reclamações, pois temos que também ajudar nesse processo. Também argumenta que o valor do recurso do edital tem que ser ampliado.

“Sugerimos que o valor do edital seja ampliado e haja mais possibilidades de artistas serem contemplados com premiações, já que os recursos de editais para apresentações artísticas do Aniversário da Cidade, Macapá Verão e Semana Santa do ano passado não foram usados. Somados essas comemorações do calendário cultural macapaense somaram mais de meio milhão de reais em incentivo para os artistas e produtores, o que seria uma força significativa nesse cenário pandêmico. Lembro ainda que este ano já houve arrecadação tributária nesses 9 meses de 2021 e o recurso do Fundo Municipal disposto para o edital 001/2021 ainda é o saldo de dezembro do ano passado. É de suma importância a gestão da prefeitura entender que o percentual devido ao Fundo de Cultura deve ser repassado e incluído no portal da transparência da PMM”, ressalta Josimar.

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