Polícia

Estelionatários se passavam por policial e advogado para enganar vítimas. PC faz alerta

Em menos de 24 horas, dois homens foram denunciados por se passarem por policial civil e advogado em Macapá.

Na 2° Delegacia de Polícia, um falso policial civil foi indiciado na manhã desta quarta-feira (24) por estelionato e falsidade ideológica.
Após tomar conhecimento que o indivíduo estaria se passando por agente da instituição, o delegado Antônio Pedro Nunes, deu início as investigações.

“Na verdade, o que nos foi comunicado, era que um policial civil estaria pedindo dinheiro para uma vítima, para que fosse feito o rastreio do telefone celular dela que havia sido roubado. Ou seja, uma espécie de corrupção, como se ele tivesse pedindo valores para agilizar um serviço nosso que, obviamente, não é pago. Daí, começamos a fazer essa apuração, acreditando que realmente se tratava de um agente praticando esse ilícito. Logo, fizemos uma varredura e descobrimos que ele não era um servidor público, muito menos um policial civil. Ele se dizia lotado em Oiapoque, fizemos uma análise no nosso quadro de pessoal e detectamos que ela não fazia parte”, detalhou a autoridade policial.

De acordo com os levantamentos, depois de fazer diligências preliminares, no sentido de identificar o suspeito e o veículo que ele utilizava, a polícia descobriu que o homem, que não teve o nome e a idade revelados, trabalhava na verdade como motorista de transporte alternativo, no carro da namorada.

“Ele faz transporte de passageiros pirata, de maneira informal, o automóvel está no nome dessa companheira. Nós a intimamos e, aparentemente, ela não tinha conhecimento dessa atitude dele”, explicou Nunes.

Segundo informações, ao saber que estava sendo investigado, o suspeito procurou a polícia e se apresentou na delegacia.

“Nós averiguarmos através de diligências, conversas de whatsapp e algumas testemunhas que ouvimos, que ele realmente estava se passando por policial civil. Inclusive, ele tinha um breve conhecimento dos nossos termos técnicos. Ele dizia às vítimas, que o delegado precisava de dinheiro para fazer a campana, para poder prender o autor. Pelo que nos foi repassado, ele pedia 200, 300 reais pelo serviço. Desconfiada, uma vítima parou de pagar e nos procurou para denunciar essa situação. Diante do material probatório que havia sido juntado, ele não negou as acusações e confessou que se fez passar por um PC e que pediu as quantias que seriam usadas para fazer esses rastreios falsos”, contou delegado.

Ainda segundo informações, pessoas próximas ao elemento, que conviveram e convivem com ele, revelaram durante depoimento que o mesmo tinha o hábito de se passar por um agente da segurança pública.

“Ele fazia isso para alferir vantagens sociais com amizades e namoros. Inclusive, para essa atual companheira, ele tinha usou essa mentira”, disse Antônio Pedro.

Por estar fora do flagrante, por ter se apresentado espontaneamente e confessado o delito, o acusado foi liberado logo após ser ouvido.
O Inquérito Policial (IP) foi concluído e remetido a justiça.

O delegado pede para que a população denuncie qualquer caso semelhante e que envolva agente público, uma vez que, nenhum serviço desse tipo pode ser cobrado.

Na 6° DP, o delegado Eduardo Quadrotti indiciou um homem que se passava por advogado criminalista e enganou vários clientes, além do Ministério Público (MP).

O acusado

O falso advogado vai responder por falsidade ideológica e exercício irregular da profissão.

Nas redes sociais, o suspeito usava o nome de Juhsander Mendonça. A polícia apurou que o mesmo ocupou vários cargos de confiança e usava a OAB com o cadastro de uma advogada amapaense.

Em um dos casos, o investigado atuou em defesa de uma mulher que foi presa por embriaguez ao volante.

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