Ex-alunos e professores retornam à Escola Barão do Rio Branco para um encontro regado de lembranças

Com as obras praticamente finalizadas, ex-alunos e professores retornaram à Escola Estadual Barão do Rio Branco, nesta terça-feira, 31, para uma visita e bate-papo cheio de história e saudade. Fundada em 1946, a escola passou por um processo de restauração, reforma e ampliação. O encontro com ex-alunos e professores faz parte da programação de reinauguração da escola, que tem retorno das atividades previsto para outubro deste ano.

Um momento que Antônia Lima não vê a hora de acontecer. Servidora da escola desde 1991, ela conta que espera ansiosa para ver os alunos de volta aos corredores. “Estou muito feliz, primeiro em ver a escola tão bonita. Durante esse período sem as aulas presenciais, minha família insistiu muito para que eu me aposentasse, mas sempre disse que só me aposentaria nesta escola quando as aulas retornassem, para ver mais uma vez esses corredores com os alunos de volta”, conta.

Em obras desde 2018, o novo espaço possui 23 salas de aula com instalações que, apesar de modernas e climatizadas, preservam as características arquitetônicas que mantém viva a identidade cultural e histórica da escola, que foi a primeira unidade de ensino construída em alvenaria no Amapá.
Ex-aluna, Fátima Almeida, que também é filha de uma ex-professora da escola, contribuiu junto com um grupo de pessoas com o paisagismo do local. Procurando manter a atmosfera da época, e também criando novos espaços de contemplação. “Entrei no Barão em 1968. Minha mãe era professora aqui e tenho uma relação afetiva muito grande com essa escola. Fiquei muito feliz em poder contribuir com o paisagismo daqui. Quando entrei, vi o espaço em que tinha um pé de pau-brasil vazio, e foi uma das primeiras mudas que replantamos, no mesmo lugar da que existia, porque procuramos fazer um trabalho voltado para o que tinha na época em que estudávamos aqui”.

O trabalho de preservação dos traços históricos assegura a permanência de obra histórica reconhecida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As obras iniciaram em 2018, com o investimento de R$ 6.407.130,45 do Tesouro Estadual, para adequação e reforma de toda infraestrutura do prédio.
O retorno gradual das aulas presenciais está previsto para ocorrer em outubro. A inauguração oficial acontece no sábado, 4 de setembro.