Furlan é alvo de inquérito da Polícia Federal e pode perder mandato

A Polícia Federal concluiu e entregou ao TRE do Amapá esta semana o inquérito sobre fake news que envolve a campanha eleitoral do médico Antônio Furlan a prefeitura de Macapá, onde foi eleito prefeito.
O caso ganhou repercussão por comprometer a lisura do pleito e chamou a atenção dos órgãos de investigação federal e do Ministério Público do Amapá por dois fatores: a falsificação da página da PF na internet e uso de suposto documento de identificação de uso exclusivo de autoridades do Ministério Público do Amapá.

O inquérito está relacionado a uma falsa notícia que circulou nas redes sociais na tarde do dia 19 de dezembro de 2020, um dia antes da eleição do segundo turno em Macapá, acusando o então candidato Josiel Alcolumbre (DEM), oponente de Furlan no pleito eleitoral. Além das mentiras, a falsa notícia também mostrava uma foto com adesivos eleitorais, cédulas de dinheiro e documento de identificação de uso do MP amapaense.
Tanto a foto com o suposto documento do MP estadual quanto o endereço da página da Polícia Federal na internet foram criadas pelo suposto hacker para dar veracidade a notícia e para desviar o foco de uma apreensão ocorrida no mesmo dia em um comitê eleitoral atribuído a Furlan, onde foram apreendidos R$ 30 mil, material de campanha de Furlan e uma arma de fogo, tipo pistola. Esse caso foi divulgado a imprensa local pela própria Polícia Federal.

Ao tomar conhecimento da falsa notícia que trazia a foto de um suposto documentos de uso exclusivo do Ministério Público, a instituição publicou uma nota desmentindo a suposta apreensão de material do principal adversário de Furlan naquela eleição.
Porém, somente a conclusão de todo o processo – que corre em segredo de justiça, pode indicar a presença ou não de dolo. Caso seja comprovado algum crime, o caso vai a julgamento no TRE, podendo o atual prefeito perder o mandato, nesse caso, a cassação da chapa eleitoral.