Homem suspeito de violentar a enteada de 7 anos é conduzido à delegacia
Um homem de 40 anos foi detido na noite desta terça-feira, 9, no distrito do Coração, na zona oeste de Macapá, sob a suspeita de estupro de vulnerável. A vítima seria uma criança de apenas 7 anos de idade, enteada do mesmo. O fato foi registrado por volta das 20h40 pelo Centro Integrado de Operações em Defesa Social (Ciodes).
Segundo consta no Boletim de Ocorrências (BO), uma vizinha acionou a Polícia Militar (PM) depois que a criança relatou a ela que todos os dias quando sua genitora sai de casa seu padrasto passa a tocá-la, principalmente, em suas partes íntimas. Ainda segundo o BO, a menina é beijada pelo acusado, que a ameaça e a agride quando a mesma diz que vai revelar os fatos à mãe.
De acordo com informações, o homem detido é usuário de drogas e já tem passagem por um crime de estupro, roubo e furto. Os militares detectaram ainda que a menor vive em situação de risco, uma vez que a mãe da mesma também seria dependente química e passa muito tempo na rua, deixando a filha aos cuidados do suspeito dos abusos.
O caso foi apresentado e está sendo esclarecido na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM). A vítima, que agora está sob a custódia de um familiar, foi submetida a exame de corpo e delito. Segundo uma fonte da Politec, o resultado foi negativo para a penetração.
Para a equipe do portal Alyne Kaiser, o homem negou as acusações e disse ainda que tudo não passou de uma armação da vítima com a ajuda da vizinha. “Quem está fazendo isso está querendo me prejudicar. Eu vivo com a mãe dela [vítima] há um ano e quatro meses e nunca toquei nessa menina. Eu sou inocente. Tá certo que eu já respondi por um ato desse, mas nunca ‘trisquei’ um dedo na minha enteada. Eu tenho uma filha da idade dela. Então, jamais faria isso”, garantiu o acusado.
Sobre a condenação de pouco mais de 6 anos de prisão, por um estupro ocorrido em 1999, ele afirma que também não praticou o ato. “Nessa época, a gente ‘metia’ um assalto e eu estava com mais dois colegas bebendo quando essa menina passou de madrugada e a gente foi pra tomar a mochila dela. Mas os moleques levaram ela para uma construção e falaram que a gente ia estuprar e depois matar ela. Tiraram no par ou ímpar e eu fui o último. Só que eu não fiz nada com ela. Eu até ajudei ela a fugir deles para não morrer”, disse.
A delegada Sandra Dantas, titular da DECCM, não quis gravar entrevista. Mas contou que vai analisar o caso, inclusive, vai ouvir o homem, a mãe da garota e a vizinha. A criança será acompanhada por uma psicóloga e o Conselho Tutelar. Após as oitivas e conforme o que for apurado, a autoridade policial decidirá pelo indiciamento ou não do padrasto da menina.