Investigação aponta que pessoa próxima ao PC baleado está por trás do crime

As investigações da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), identificou que uma pessoa muito próxima ao policial civil baleado durante uma tentativa de assalto na zona norte de Macapá, está por trás do crime.
O nome do suspeito e o grau de relação com a vítima não foi revelado pela polícia. Contudo, os delegados Leonardo Alves e Vladson Nascimento, que estão à frente do caso, garantem que partiu dela, a ordem para roubar o agente e subtrair dele a sua arma de fogo.
“Nossos levantamentos levam a um terceiro elemento envolvido nesse fato. Foi ele quem passou a informação para os criminosos que estavam no local. A linha de investigação que temos, é que essa pessoa conhece o policial e colaborou com o crime, dando os detalhes de onde o agente estava e que estava com a arma da instituição, e os dois foram lá para subtrair esse armamento. Então, não foi um crime por acaso, foi um crime voltado para a subtração dessa pistola. Porém, o policial reagiu e eles não conseguiram levar. Estamos quase fechando esse inquérito e, esse terceiro indivíduo que serviu de informante, também vai sofrer as consequências. Nós vamos identificar e vamos prender”, assegurou Nascimento.

Na tarde desta sexta-feira (2), com o apoio do Serviço de Inteligência da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), os policiais da DECCP apreenderam no Conjunto Habitacional Macapaba – que fica na mesma região onde crime contra o PC aconteceu -, um adolescente de de 17 anos de idade. O menor confessou ter participado da tentativa de latrocínio.
“A partir da prisão do primeiro suspeito, a nossa unidade não parou as diligências e hoje conseguimos chegar a este menor. Aqui na delegacia, na presença de um tio, ele prestou esclarecimentos e confessou sua participação no fato, dando detalhes do ocorrido. Agora, nós vamos continuar as incursões para tentar localizar a arma de fogo e verificar o que ainda falta para encerrarmos esse caso” disse Alves.
De acordo informações, o menor apreendido faz parte do cadastro de uma organização criminosa que atua no Estado, há pelo menos dois anos. Mesmo com a pouca idade, o adolescente é conhecido e, segundo as autoridades policiais, está envolvido em uma série de delitos. Ele foi conduzindo para a Delegacia Especializada em Investigação de Atos Infracionais (Deiai) para aguardar a decisão da justiça.
O caso
O policial civil, de 29 anos, foi baleado no abdômen no último dia 30, após reagir ao roubo. Ele tinha ido visitar um amigo e ficou conversando com o mesmo na calçada da casa, localizada no bairro Jardim Felicidade 2. Os dois foram surpreendidos, por volta das 20h30, por uma dupla que chegou em uma bicicleta. Com armas em punho, os bandidos anunciaram o assalto, mas a vítima reagiu, sacando sua pistola e trocando tiros com os marginais.
O PC foi atingido e logo socorrido pelo Corpo de Bombeiros até o HE, onde passou por procedimento cirúrgico e não corre risco de morte.
Depois do tiroteio, os criminosos fugiram a pé, deixando a bicicleta para trás.