Justiça Federal designa audiência de conciliação entre militar que busca efetivar matrícula no curso de Medicina e Unifap
A instituição de ensino superior alega que o bombeiro Juciley Barros não é pardo

O juiz federal João Bosco designou para o próximo dia 21 de julho a audiência de conciliação entre o bombeiro Juciley Barros, que busca na Justiça a efetivação da sua matrícula no curso de Medicina, e a comissão de heteroidentificação da Universidade Federal do Amapá (Unifap). O caso vem chamando a atenção, porque o militar resolveu ingressar na Justiça após ter sido rejeitado pela comissão, que alega que Juciley não é pardo, e logo não teria direito a uma vaga por meio do sistema de cotas.
Barros é filho de mãe indígena e pai negro. Ele já é acadêmico do 6º semestre do curso de Direito na mesma instituição de ensino, onde também ingressou pelo sistema de cotas. Baseado nestes fatos, a Justiça Federal havia dado um prazo de 72 horas para que a universidade esclarecesse se a comissão que aprovou o bombeiro no curso de Direito é a mesma que o reprovou no curso de Medicina.
A instituição chegou a se manifestar sobre novos critérios para ocupar uma vaga por meio do sistema de cotas, alegando que em 2020 a Unifap passou a adotar a comissão de heteroidentificação para analisar os candidatos com procedimentos amparados pela legislação.