Cultura

Macapá promove a 1ª Plenária Estadual da Conferência Internacional das Favelas

No dia 24 de agosto, a Central Única das Favelas do Amapá (CUFA-AP), em parceria com a Frente Nacional Antirracista e a Frente Parlamentar das Favelas, promove a etapa estadual da “Conferências Internacionais das Favelas (CIF20)”, em Macapá. Com a chancela do G20 Social e apoio da UNESCO, o evento se propõe a mapear e endereçar as demandas das favelas e periferias do Brasil e de outros 40 países, com foco na cúpula do G20 marcada para novembro.

O encontro acontecerá às 9h, no auditório do Wagner Advogados Associados, que fica localizado na Av. Machado de Assis, 328, no centro de Macapá. O evento acontece, neste dia, simultaneamente em todos os estados brasileiros, visando à sistematizar as propostas retiradas das plenárias regionais e formular o documento que será encaminhado para a conferência nacional, em setembro.

Antecedendo a conferência estadual, a CUFA Amapá promoverá, nos dias 21 e 22, quarta e quinta-feira, plenárias regionais pontuais, no Curiaú e em Santana, respectivamente, para discutir quatro eixos fundamentais com a comunidade: redução das desigualdades, combate à fome e à pobreza; sustentabilidade; direitos humanos, raça e gênero; e os desafios globais enfrentados pelas favelas.

O objetivo dos encontros regionais é criar um canal de comunicação entre as populações periféricas, permitindo que suas vozes e soluções sejam apresentadas em fóruns globais. A plenária no Quilombo do Curiaú, ocorrerá no barracão da “Tia Chiquinha”, às 18h, na Associação de Mulheres Mãe Venina e Grupo Raízes do Bolão. Na quinta-feira, 22, o evento será no município de Santana, na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, na Congregação Salém, situada à Rua 31 de março, S/N Bairro, na Área Portuária, com início marcado para às 15h.

A iniciativa da CIF20 surge após dois anos de articulações e visa a colocar as favelas no centro da agenda internacional. Segundo a presidente da CUFA Amapá, Alzira Nogueira, a plenária é uma oportunidade para que as populações negras e periféricas formulem suas próprias pautas, para que possam contribuir para um debate mais inclusivo e representativo. “Dessa maneira, a gente espera que uma participação das comunidades de forma mais ativa nas discussões que moldam as políticas públicas”, considera.

As conferências acontecem em mais de 3 mil favelas em todo o Brasil e em outros países, abrangendo todos os continentes. As demandas geradas nas conferências serão reunidas e apresentadas no Fórum Internacional das Favelas, que ocorrerá em setembro no Rio de Janeiro, criando uma sinergia entre as agendas da CIF20 e do G20.

No Brasil, a Unesco destacou a importância da parceria com a CUFA, ressaltando que essas iniciativas coincidem com a Presidência do Brasil no G20 e que o conhecimento produzido nas favelas deve ser compartilhado globalmente. Com a presença de líderes comunitários e representantes sociais. Dessa forma, as CIF20 prometem ser um marco histórico na luta por direitos e igualdade, colocando as vozes das favelas em destaque na esfera internacional.

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