Operação Átria realiza mais de 30 prisões no combate à violência contra a mulher no Amapá
No Dia Internacional da Mulher, aconteceu o “Dia D” da Operação Átria, ação integrada do Governo do Amapá com Ministério da Justiça e Segurança Pública, deflagrada em conjunto com estados de todo o Brasil. Somente nesta primeira semana, foram 32 prisões e mais de 80 medidas de Proteção de Urgência solicitadas. Além do contexto ostensivo e repressivo, a operação abrange também iniciativas educativas e preventivas.
De acordo com o balanço da Polícia Civil (PC), divulgado nesta sexta-feira, 8, no período, mais de 5 mil pessoas já foram alcançadas. À Átria compete ações de busca de suspeitos de feminicídio, de ameaça, de lesão corporal, de estupro, de importunação, de perseguição (stalking), de descumprimento de medidas protetivas, entre outros crimes.
“A operação Átria, é a maior operação de combate à violência contra a mulher do país, tendo como ‘Dia D’ o dia Internacional da Mulher e no Amapá, já na primeira semana alcançou um número bastante expressivo tanto de ações educativas e preventivas quanto repressivas, consistentes em várias prisões em flagrante e preventivas”, disse a delegada Marina Guimarães, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM) e coordenadora da Átria no Amapá.
“Dia D” em Macapá
Em Macapá, foram realizadas diligências desde as primeiras horas do dia, que finalizou com 7 prisões através de cumprimento de mandados de prisão e prisão em flagrante. Ainda dentro da programação do “Dia D”, foi realizada uma blitz educativa, na área central da capital com panfletagem informativa, visando sensibilizar a comunidade e fornecer informações sobre os canais de denúncia e medidas de proteção.
O cronograma finalizou a noite com uma palestra para os alunos do Curso de Formação de Soldados da Polícia Militar (PM), ministradas pela delegada Marina Guimarães e pela tenente Waldenice Nogueira, comandante da Patrulha Maria da Penha da Polícia Militar.
“Acredito que com essa união de forças entre os órgãos encarregados no combate a violência, a nossa estatística tende a diminuir, pois os homens começam a abrir seus olhos para o que têm a perder, não só a liberdade, mas a própria família. Por outro lado, as vítimas, com toda essa gama de informações, também conseguem buscar ajuda e sabem qual o escudo de proteção encontrarão”, ponderou Marina Guimarães.