PC conclui Inquérito e não tem dúvida que travesti é autor de assassinato do companheiro
A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe) concluiu o Inquérito Policial (IP) que apurou a morte de Bruno Gibson Farias Viana, que tinha 33 anos de idade e foi morto com uma única facada no peito, no dia 27 de fevereiro, dentro de um imóvel, localizado no bairro Jardim Felicidade, na zona norte de Macapá.
Para o delegado Cesar Ávila, que presidiu as investigações, não há dúvidas que o crime foi praticado pelo companheiro da vítima, Jefferson Pinheiro de Oliveira de Oliveira, de 42 anos, conhecido como “Sarita”.
A época dos fatos, Sarita chegou a ser presa em flagrante pela Polícia Civil (PC), mas ganhou o direito de responder em liberdade.
“No dia do homicídio, quando nós chegamos ao local, a casa do acusado, o que nos chamou a atenção, foi fato de não ter uma trilha de sangue na entrada da residência, pois o suspeito alegava que o seu companheiro havia chegado em casa já ferido, porém só teria começado a sangrar após retirar a mão do peito. Ele disse ainda que na casa estavam apenas os dois. As manchas de sangue se concentravam apenas na sala, o que foi comprovado pela perícia, a qual também concluiu que a vítima foi ferida e morreu naquele local, não deixando dúvida alguma quanto à autoria do crime. As testemunhas não identificaram qualquer pessoa estranha entrando ou saindo da casa. Em audiência de custódia, o autor do fato foi posto em liberdade. O inquérito policial foi concluído apontando como o crime aconteceu e com indícios fortes de autoria”, explicou Ávila.
A autoridade policial frisou ainda, que perante o juiz, na audiência de custódia, Sarita acusou, de forma caluniosa, os agentes da PC de agressão física e homofobia, o que não foi comprovado.
“Durante a investigação e nos atos que precederam o flagrante delito, o suspeito esteve acompanhado por sua advogada e parentes. Em momento algum, ele foi agredido fisicamente pelos nossos policiais, situação comprovada por meio dos laudos. Além disso, não houve qualquer situação que enseje o crime de homofobia por parte dos agentes, os quais irão responsabilizá-lo pelas acusações infundadas. Ressalto que a equipe da Delegacia de Homicídios cumpre seu dever e a lei, com respeito ao ser humano e aos direitos humanos, independente da orientação sexual do autor do fato” garantiu o delegado.