PC desvenda crimes e indicia acusados de latrocínios em Macapá

Dois Inquéritos Policiais (IP) que apuraram crimes de latrocínio (roubo com consequência morte), foram concluídos pela Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).
O primeiro caso, ocorrido no ano de 2019, no bairro São Lázaro – zona norte de Macapá -, constatou que Arilson Vilarinho do Amaral, de 23 anos, é o principal acusado de ter disparado os tiros que ceifaram a vida de José Maria Flexa Viana.
Segundo consta no IP, munido com uma arma de fogo, Arilson que estava na companhia de um comparsa, percebeu a aproximação da vítima, que trafegava em uma motocicleta e tentou efetivar a abordagem da mesma para roubar o veículo. Entretanto, José Maria resistiu ao crime e acelerou a moto para fugir do local. Foi quando o acusado disparou duas vezes, vindo a atingir a vítima nas costas.
Mesmo ferido, José Maria ainda conseguiu pilotar a motocicleta até a sua residência, onde foi socorrido e levado para o Hospital de Emergências (HE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu em seguida.
O segundo crime elucidado pela DECCP, foi registrado em abril do ano passado, no bairro Brasil Novo, também na zona norte da capital.
Duas pessoas, uma de 22 e outra de 24 anos, vão responder pela morte de Eduardo Felipe dos Santos, durante um assalto na residência da vítima.
A polícia apurou que Jarny Andersen Braga Guimarães e Ayran Patrick Santana Gibson, tiveram participação direta na execução do jovem, que foi assassinado com tiros de revólver calibre 38.
Segundo as investigações, durante a ação criminosa, Eduardo estava segurando a porta de um dos cômodos da casa para os suspeitos não adentraram. Ele então foi alvejado pelo lado de fora do imóvel, através da janela. O disparo atingiu a vitima na região do peito, o levando a morte instantânea.
A dupla chegou a ser presa em flagrante, cerca de três horas após o fato, por terem cometido outro roubo. Os bandidos ainda estavam com os objetos subtraídos da casa do jovem Eduardo. Contudo, em relação ao latrocínio, as demais vítimas não acompanharam o caso, por isso, acabou virando IP.
De acordo com o titular da DECCP, delegado Leonardo Alves, a época os acusados foram interrogados e negaram o envolvimento nos fatos. Porém, todos os indícios apontam a participação deles nos crimes e, por isso, os mesmo foram indiciados pelo crime de latrocínio consumado, podendo eles receber pena que varia de 20 a 30 anos de reclusão e multa.
“O latrocínio é um dos crimes mais graves previstos na legislação penal brasileira e jamais pode ficar impune ou sem resposta das autoridades, razão pela qual a polícia civil empregou todas as diligências possíveis para concluir a presente investigação e chegar à autoria desses roubos qualificados. Em um dos casos, nós ouvimos mais de 7 testemunhas, além de familiares do falecido, que chegou com vida em sua casa, foi socorrido ao hospital após ter sido alvejado pelo suspeito, porém não resistiu e acabou falecendo. Infelizmente a arma de fogo utilizada no crime não foi localizada, mas obtivemos êxito em chegar à autoria do crime e indiciar o suspeito. No outro, ouvimos também testemunhas, familiares da vítima, que falecendo no interior da casa, tentando bloquear a porta para não deixar os infratores invadirem seu quarto, tentando proteger sua família. Nesse caso, a arma de fogo, supostamente utilizada no crime, foi apreendida e submetida à perícia na Politec e mais uma vez, logramos êxito em chegar à autoria do crime e, novamente, indiciar os dois suspeitos envolvidos neste fato”, destacou Leonardo Alves.
Em ambos os casos, os acusados se encontram presos no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), por outros delitos.
“Foram situações criminosas muito graves e que geraram imensa repercussão. Portanto, não poderiam ficar sem resposta”, finalizou o delegado.