Polícia civil apura esquema que pode ter desviado dinheiro doauxílio emergencial empresarial do Amapá

Após investigações, agentes de Polícia Civil da Divisão Especial de Repressão à Corrupção – DECOR descobriram que foram abertas diversas contas bancárias empresariais fraudulentas através de bancos digitais, visando desviar o dinheiro do auxílio, que é de R$ 1.500,00 para cada empresário. São mais de 300 contas bancárias que estão sob investigação, em um esquema que pode ter desviado dinheiro dos cofres públicos. O valor não foi confirmado pela polícia.
A Operação Homobono, teve o objetivo de apurar denúncias de desvios do auxílio emergencial empresarial, instituído pelo Governo do Amapá para bares, restaurantes, lanchonetes e serviços ambulantes de alimentação. Os agentes estiveram na manhã desta quarta-feira, 28, numa empresa de contabilidade localizada no bairro Central.
Segundo o Delegado Rogério Campos, que preside as investigações, “muitos empresários sequer sabiam que tinham sido contemplados pelo programa do Governo Estadual, sendo que ao buscarem informações sobre o benefício, eram surpreendidos com a informação de que o auxílio já havia sido pago em uma conta bancária aberta no CNPJ da empresa, em um banco digital”, explicou o delegado.
Cerca de 12 policiais civis da Coordenadoria Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado – CECCOR saíram às ruas para cumprirem três mandados de busca e apreensão.
A fraude foi detectada por servidores da Secretaria de Estado do Trabalho e Empreendedorismo – SETE que acionaram a Polícia Civil, podendo os investigados responderem, dentre outros crimes, por estelionato majorado, associação criminosa e lavagem de dinheiro, cuja pena, se somada, pode chegar a 20 anos de reclusão.
“Os bancos digitais utilizados pelos fraudadores estão colaborando com a Polícia Civil e estamos com algumas diligências tecnológicas em andamento, visando coletar outros vestígios deixados pelos criminosos e rastrear o dinheiro desviado” – explicou o Delegado Campos.
*Homobono faz referência ao Santo Homobono, padroeiro dos empresários e comerciantes.