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Polícia prende um dos envolvidos na morte do pequeno Yalisson e diz que o atirador foi identificado e está sendo procurado

Já se encontra no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) um dos acusados de envolvimento na morte do pequeno Yalisson Andrade de Moura, de 9 anos de idade, ocorrida no último domingo, 19, no bairro Marabaixo 4 – zona oeste de Macapá. Marcos Aurélio Marques Nascimento, de 22 anos, deu entrada na cadeia estadual na manhã desta quarta-feira, 22. 

Ele foi preso no fim da tarde de segunda-feira, 20, na mesma região onde a criança foi morta e autuado como co-autor do homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e que impossibilitou chances de defesa da vítima. Marcos teve sua prisão em flagrante convertida para preventiva na tarde desta terça, 21, após ser submetido à audiência de custódia.

Em uma coletiva à imprensa, ocorrido na manhã desta quarta, o delegado-geral da Polícia Civil, Uberlândio Gomes, contou que as investigações apontaram que o atirador, que continua foragido, adentrou a uma residência antes de disparar o tiro que matou a criança. O suspeito chegou e fugiu do local do fato na garupa de uma motocicleta dirigida por Marcos Aurélio. Um par de sandálias e um boné deixados por ele na cena do crime, na hora da fuga, ajudaram a polícia a identificá-lo.

Delegado Uberlândio Gomes disse que diligências continuam

“Tomei conhecimento por meio das redes sociais que uma criança tinha sido vítima de bala perdida, ou melhor, essa bala encontrou um alvo e, infelizmente, esse alvo foi um inocente. De imediato, acionamos várias equipes para iniciar a coleta de informações . Descobrimos que este indivíduo, antes de disparar, adentrou a uma casa armado perguntando por uma determinada pessoa, que seria a vítima real, mas ela não estava”, detalhou o delegado. 

“Na saída da residência, esse elemento se deparou com essa pretensa vítima na rua, mais adiante, e de forma estabanada, começou a atirar. Foram cerca de quatro tiros e nenhum deste acertou o alvo pretendido. Mas acabou atingindo o menor Yalisson. Esses objetos, encontrados no local foram reconhecidos pelos familiares desse suspeito. Inclusive, o sogro e a sogra confirmaram que aqueles pertences eram dele. Assim como os moradores da casa que ele havia invadido antes, reconheceram que usava aquele chinelo e aquele boné. Por isso, continuamos em diligências, com o inquérito robustecido de provas da participação efetiva desses dois elementos”, esclareceu Gomes.

Yalisson brincava próximo de sua residência quando foi atingido

O delegado-geral falou ainda sobre a guerra declarada entre as organizações criminosas no Amapá e da possível transferência dos líderes das facções para presídios federais. “Infelizmente, é mais uma criança, a segunda em um período de cinco dias. Ana Júlia e Yalisson foram vítimas desses irresponsáveis, dessa guerra entre essas facções. Mas estamos mapeando, fazendo uma investigação minuciosa para identificar os líderes dessas organizações. Nossos delegados estão imbuídos para fazer essas representações. E adianto que algumas já foram protocoladas. Agora, é claro, precisamos respeitar o rito da Lei. O Ministério Púbico vai analisar e dar o parecer, a Justiça, por meio da Vara de Execução Penal, consolidado com a Justiça Federal, decide a transferência ou não desses criminosos”, finalizou Uberlândio.


Relembrando o caso 

Yalisson foi assassinado quatro dias após a morte precoce e cruel da pequena Ana Júlia Pantoja. O menino brincava em uma bicicleta, às proximidades de sua residência, na Rua Sol Nascente com a Avenida Solimões, quando foi atingido por um disparo de arma de fogo. O tiro acertou a região do tórax do garoto, que chegou a ser socorrido e levado para a UBS do bairro, mas não resistiu.

Os familiares ouviram o barulho, mas demoraram a perceber que eram tiros. A criança chegou a gritar que algo havia lhe atingido. Em seguida caiu ao chão, levantou e conseguiu correr novamente. Porém, caiu mais uma vez, até ser socorrida por um tio.

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