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Polícia procura por segunda agressora de criança autista em Macapá

A polícia do Amapá está à procura de uma mulher de 31 anos, condenada a 3 anos e 10 meses por tortura e maus tratos a uma criança, à época com 3 anos de idade e portadora de autismo. Maria do Socorro Portilho Freitas está com o mandado de prisão decretado e é considerada foragida da Justiça.

Outra acusada de envolvimento no crime, Fernanda Madureira Carvalho Belo, de 27 anos, foi presa na última quarta-feira, 16, na zona sul de Macapá, por agentes da Divisão de Capturas da Polícia Civil. De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), as agressões aconteceram em 2015.

O caso veio à tona depois que a irmã mais velha da vítima, que tinha 8 anos na época, relatou aos pais a violência que a menor sofria. A mãe das crianças instalou câmeras de segurança na residência onde a família morava, sem que as empregadas soubessem, e flagrou as torturas e humilhação a qual a filha era submetida pela babá e pela doméstica da casa.

Um dos flagrantes aconteceu em um domingo de carnaval, quando a mãe ouviu um forte barulho vindo do quarto da vítima. Ao verificar as imagens do circuito de segurança, viu as duas mulheres batendo em sua filha. Ainda segundo a denúncia do MP, a criança recebia tapas no rosto, puxões de cabelo e pontapés das agressoras. Além de ser espancada com aparelhos eletrônicos e receber ofensas com palavras de baixo calão.

Depois de se aprofundar nas gravações, a mãe descobriu ainda que as seções de tortura e humilhação se estendiam na hora do banho da criança. Nos autos também constam que atos libidinosos eram feitos na frente da mesma, o que a induzia a praticá-los. A professora da menina e a presidente da Associação dos Portadores de Autismo do Amapá, que acompanha a garota, confirmaram que a mesma passou a ter comportamento agressivo.

Durante o trâmite, Fernanda e Maria do Socorro confessaram a prática criminosa e alegaram que se estressavam com a menor, mesmo sabendo que ela era autista. Por telefone, o portal alynekaiser.com.br conversou com a mãe da criança. Ela informou que teve que se mudar com a família para outro estado, pois sempre que cruzava com as agressoras da filha, pensava em fazer besteira.

“Eu tive que sair de Macapá, para não me tornar uma assassina. Tive que deixar minha vida profissional, porque hoje eu não confio mais em ninguém. As minhas filhas ficaram traumatizadas e não aceitam mais ninguém em casa. É muito difícil [choro]. O que aconteceu com a minha filha, eu não desejo ao filho de ninguém. Que isso sirva de alerta, porque elas eram da minha extrema confiança. Só para você ter ideia, a Fernanda é minha prima legítima. Por isso, eu entreguei as minhas filhas aos cuidados delas”, falou a mãe da vítima.

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