Direito

Processo seletivo: advogado de bombeiros ressalta que não há provas para anulação

Ele afirma que irá entrar na Justiça para garantir a validade do concurso para sargentos e ainda pedirá danos morais para os aprovados.

Na tarde desta quinta-feira, 28, o advogado Cícero Bordalo Júnior realizou uma coletiva com a imprensa para informar que está à frente do caso dos 78 aprovados do concurso público para sargentos do Corpo de Bombeiros Militar do Amapá, que teve as provas anuladas após suspeitas de fraude apontadas em inquérito da Polícia Civil. De acordo com o advogado, não existem provas periciais de fraude, para a anulação do processo seletivo interno, destinado ao preenchimento de vagas no curso de formação de sargentos da instituição.

Ele alega que a denúncia foi feita baseada em cópias de prints do aplicativo de conversas, que foram entregues ao delegado de polícia, que, segundo ele, foram adulteradas, o que levou a investigação ao erro. “Nenhum desses documentos foram submetidos à perícia técnica, para a convalidação de sua autenticidade”, ressaltou Bordalo.

Destacou ainda que não foi cumprido o que estava estabelecido no edital do concurso, pois já possui regra específica para a ocorrência de comprovação de fraude, que deveria ser aplicada contra o infrator, estabelecido na cláusula 8.1 do edital. Mas com o ato do comando de anular a prova objetiva, foram violadas as normas existentes no edital e diversas garantias constitucionais, que se encontram em vigor em relação aos aprovados.

Advogado e representantes dos aprovados alegam que não foi cumprido o que estava estabelecido no edital do concurso

Em depoimento na coletiva, o cabo BM Claudian relembrou todo o período de preparação para realizar o concurso. “Estudei muito, me sacrifiquei para ser aprovado, durante o processo minha mãe sofreu um AVC, e quase parei de estudar, mas ela mesmo no hospital, não deixou, me pediu pra continuar estudando por ela. Minha mulher segurou as pontas, me deu força e quando passei as duas ficaram muito felizes, minha mãe está muito orgulhosa. Eu não estou agora só triste por isso, eu estou me sentindo desolado, estamos todos nos sentindo assim”, relatou.

O advogado Bordalo destacou que, além de lutar pela validade do concurso, também entrará na Justiça para que os aprovados também recebam indenizações por danos morais, pois os bombeiros do curso estão enfrentando descrédito, com o emocional abalado e desesperançado. 

“Não é só a questão financeira que tivemos com exames médicos, livros, mas gastamos tempo de estudo, foram manhãs, tardes e noites estudando. Foram meses de sacrifícios, para conseguirmos alçar mais um degrau em nossas carreiras. Estamos com o emocional em frangalhos, sem psicológico, instáveis, e sendo julgados por isso, pois com essa anulação todos estamos pagando por essa situação”, relata o cabo BM Monte.

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