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Procon faz ação em açougues recomendando a suspensão da comercialização de ossos

O Instituto de Defesa do Consumidor do Amapá (Procon/AP) realizou nesta sexta-feira, 15, uma ação educativa em açougues da capital orientando a suspensão da comercialização de ossos. A recomendação expedida pelo órgão e publicada no Diário Oficial do Estado pede para que açougues e supermercados se abstenham de vender ossos de boi, carcaças de frango ou de peixe, sendo recomendado apenas sua doação.

Diretor-presidente do Procon, Luiz Pingarilho

Segundo o diretor-presidente do Procon, Luiz Pingarilho, a comercialização desses itens fere o Artigo 4º do Código de Defesa do Consumidor, que trata do respeito à dignidade, saúde e segurança dos consumidores, já que ossos são considerados restos. “Esse tipo de prática é considerado excessiva, principalmente no momento de dificuldade que o país está vivendo de vulnerabilidade muito grande, para que ainda se aproveitem para comercializar um produto que é considerado como resto, além de ser uma atitude desumana”, disse Pingarilho.

Dificuldade sentida por milhares de brasileiros, e não diferente no Amapá, onde as altas dos preços fazem com que muitos consumidores tenham que fazer substituições na hora das compras. Realidade do Lucival Barbosa, que sempre frequentou o mesmo açougue e sentiu no bolso o aumento do preço da carne. “As coisas todos os dias estão subindo, e temos que dar um jeito, com muito jogo de cintura, dentro da honestidade, vamos vendo o que dá para fazer, trocando uma coisa ou outra para poder sobreviver”, disse Lucival.

Lucival Barbosa

Durante todo o mês de outubro as ações de fiscalização irão continuar na capital e demais municípios. “Nesse primeiro momento, estamos fazendo ações preventivas, orientando os estabelecimentos que não façam a comercialização. Após esse momento, iremos fiscalizar o cumprimento, se a prática for encontrada, outras medidas serão adotadas. Esse movimento que estamos fazendo faz parte de um movimento nacional para coibir esse tipo de prática que fere a dignidade dos consumidores”, finalizou o presidente do Procon.

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