

Ela conta que no seu caso as reduções no salário chegam em média a R$ 1,4 mil. “Na gestão anterior, nós assinávamos de 10 a 12 plantões noturnos, o que dava em média R$ 1,6 mil e nunca houve um atraso sequer. Agora, 8 plantões nem sabemos mais o cálculo correto, já que alguns estavam recebendo R$ 1,4 mil e outros R$ 700,00. Os cálculos de adicional são diferentes, cada um recebe um valor e isso já se tornou uma palhaçada. Sem contar que na UBS está faltando tudo, desde luvas de procedimento a medicamentos que são indispensáveis para a assistência ao usuário”, desabafa a profissional.

O Conselho Regional de Enfermagem (Coren/AP) também realizou tratativas junto a administração municipal para obter explicações e emitiu uma nota de repúdio em apoio aos colegas de classe. “A conduta da gestão municipal desvaloriza os profissionais da categoria, que, diariamente, estão na linha de frente de combate ao Coronavírus, prestando atendimento direto ao paciente, arriscando suas vidas em prol da saúde da população. Há um grande equívoco quanto ao reconhecimento da profissão com o maior contingente de profissionais da saúde no Brasil. O cuidado de enfermagem é imprescindível para o restabelecimento da saúde, bem como para a prevenção de doenças e agravos à saúde”, diz trecho da nota.