Educação

Universidade do Estado do Amapá celebra aula magna do primeiro curso de mestrado da instituição

A Universidade do Estado do Amapá (Ueap) atingiu um marco na história da pesquisa científica na Amazônia nesta segunda-feira, 2, com a realização da Aula Magna do Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais Amazônicos (RENAmazon). O evento, realizado no Auditório Central do Campus I, reuniu acadêmicos, pesquisadores e autoridades para celebrar o início de um mestrado que promete impulsionar o desenvolvimento sustentável da região. 

Com o tema “Ciência e Sociedade: Encontros e Desencontros”, o professor Dr. Antônio Gomes de Souza Filho, diretor de Avaliação e presidente em exercício da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), conduziu uma palestra inspiradora, destacando a importância da integração entre conhecimento científico e as demandas sociais regionais.

O programa possui duas linhas de pesquisa: “Conservação e territorialidade” e “Inovação de recursos naturais amazônicos”, com previsão de abertura de editais uma vez por ano. Estiveram presentes também na celebração a reitora da Ueap Kátia Paulino, reitor do Instituto Federal do Amapá (Ifap) Romaro Silva e o diretor da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap) Gutemberg Vilhena.

Um marco para a pesquisa no Amapá

Criado para capacitar mestres em ciências agrárias e ambientais, o RENAmazon tem como missão fomentar a produção de conhecimento e desenvolver estratégias empreendedoras para a conservação da biodiversidade amazônica. 

Novas políticas para a ciência na Amazônia

Gutemberg Vilhena, da Fapeap, anunciou mais duas bolsas de pesquisa para o programa RENAmazon e garantiu mais 10 vagas para as chamadas Bolsas Produtividade – que são financiamentos destinados a pesquisadores com destacada produção científica ou tecnológica, custeado pelo CNPq.

“O governo do Amapá aderiu à iniciativa de descentralizar as verbas do CNPq, assim podemos garantir que a Ueap terá até 13 pesquisadores contemplados no próximo edital”, afirmou Vilhena.

Com essas medidas, a Ueap alcança 50% de bolsistas entre os alunos de mestrado. “Poucas instituições têm a iniciativa de colocar no seu orçamento próprio bolsas para programas de pós-graduação, nesse sentido a UEAP está de parabéns”, pontuou Antonio Gomes, da Capes.

O diretor também anunciou ainda uma nova política de aprovação para cursos de pós-graduação, visando uma flexibilização nas formalidades para aprovação dos cursos, a depender das características regionais de cada universidade.

“Às vezes uma pós-graduação não é aprovada por meras questões formais, isso nós vamos corrigir já para o próximo edital. Não podemos exigir de uma universidade de uma região mais afastada dos grandes centros, com muito menos população, que ela tenha que cumprir os mesmos critérios de aprovação de uma universidade que vive uma situação mais favorável”, afirmou Antonio Gomes. “Vamos flexibilizar, sim, porém sem que isso afete a qualidade da nossa avaliação. Por exemplo: se é exigido 12, 15 professores doutores como critério de aprovação, podemos relaxar esse mínimo exigido, dependendo da região”, finalizou. 

Celebração com sabor amazônico

Após a palestra, os participantes foram convidados ao Coquetel Amazônico, com produtos típicos da região, simbolizando a riqueza cultural e natural que o programa pretende estudar e valorizar. O momento também serviu para networking entre alunos, professores e convidados, fortalecendo parcerias acadêmicas. 

Com turma inaugural já em andamento, o RENAmazon consolida a Ueap como um polo de excelência em pesquisa, reforçando o compromisso do Amapá com o futuro da Amazônia.

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