
A websérie Fala Preta: Mulheres que Constroem o Amapá estreia nesta sexta-feira, 21 de junho, às 18h, no YouTube. O projeto foi criado por estudantes de Jornalismo da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e tem como objetivo dar visibilidade a trajetórias de mulheres negras que atuam na cultura, na educação, na política e nos movimentos sociais do estado.
Com três episódios, a série apresenta as histórias de Esmeraldina dos Santos, Durica e Alzira Nogueira. As entrevistas são conduzidas em formato de conversa aprofundada, com linguagem acessível e recursos do jornalismo documental. Os episódios combinam narrativa sensível, elementos afetivos e visuais, e ajudam a construir uma memória coletiva sobre o protagonismo de mulheres negras no Amapá.

Episódios: trajetórias e memórias
O primeiro episódio tem como personagem Esmeraldina dos Santos, escritora, pedagoga e moradora do Quilombo do Curiaú. Por meio da literatura, ela registra a memória coletiva da comunidade e compartilha saberes que atravessam gerações.
O segundo episódio acompanha Maria das Dores Almeida, conhecida como Durica, pesquisadora e militante histórica no Amapá. Cofundadora do Instituto de Mulheres Negras do Amapá (Imena) e da Rede Fulanas, Durica é referência na luta por direitos e representatividade das mulheres negras da região.

Já o terceiro episódio traz a trajetória de Alzira Nogueira, assistente social, presidenta da CUFA Amapá e integrante do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher. Militante do movimento negro e das periferias, Alzira fala sobre política, afeto e o papel transformador das mulheres nas comunidades.
“A gente não queria só entregar um TCC, a gente queria deixar uma marca. O Fala Preta virou esse lugar de memória, de afeto e de escuta que mostra a força de mulheres negras que constroem o Amapá todos os dias.” — Brunna Silva, coautora do projeto

A série será publicada no canal da Agência de Comunicação Experimental da Unifap (Agcom). O projeto integra o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Brunna Silva e Vinícius Trindade, com orientação da professora doutora Lylian Rodrigues.