Feirantes que comercializam peixe na cidade começam a receber cestas básicas após queda em vendas
Casos da doença de Haff em pacu trazido do Pará reduziram a venda de todos os outros peixes.
A Prefeitura de Macapá realizou nesta segunda-feira, 25, a distribuição de cestas básicas para feirantes, principalmente aos mercadores de peixe que estão sofrendo com baixas nas vendas, após confirmações dos casos da doença de Haff no Amapá.
Em 8 de outubro, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) confirmou 4 casos da conhecida “doença da urina preta” no estado, a síndrome de Haff, e, desde lá, o movimento no comércio de pescados do estado caiu drasticamente, prejudicando os comerciantes e até mesmo feirantes de outros produtos que eram beneficiados pelo movimento nas feiras.
Para auxiliar estes comerciantes prejudicados, a Secretaria do Trabalho, Emprego e Desenvolvimento (Semtrad), visitou as feiras da cidade e iniciou o cadastro dos mercadores para distribuição de cestas básicas. Para receber o benefício já são 272 aprovados de mil cestas a serem distribuídas. Entre esses o Carlos André, representante da feira do bairro Novo Horizonte.
“O único peixe que foi divulgado que faz mal foi o Pacu. Os outros podem ser consumidos normalmente que não acontece nada”, afirma Carlos André, representante da feira do bairro Novo Horizonte, reforçando a segurança do pescado amapaense, que vem sofrendo baixa nas vendas.
Há cadastros sendo aprovados para mais beneficiados. Quem não for morador de Macapá, mas trabalhar na feira da cidade, deve atualizar seu cadastro no Município antes de solicitar a cesta na prefeitura. Quem não foi cadastrado ainda pela visita da prefeitura pode procurar a Semtrad ou a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) para solicitar o cadastro e receber o benefício.
A Superintendência de Vigilante em Saúde recomendou não consumir o peixe Pacu no estado, mas os demais não apresentam nenhum risco para a população, principalmente por serem de criação local. Os peixes contaminados que originaram os casos confirmados no Amapá tinham origem no estado do Pará. “A população pode realmente ficar tranquila e comer seu peixe da melhor forma possível”, reforça Rafael Gato, titular da Semtrad.