Profissionais de segmentos artísticos protestam contra eleição para Conselho de Cultura do Estado
As eleições para o Conselho Estadual de Política Cultural (CEPC), que ocorreriam no último domingo, 21, foram suspensas pela Justiça, a pedido da Defensoria Pública do Estado do Amapá (DPE-AP), por meio de Mandado de Segurança Coletivo, para atender uma queixa feita pela Federação Estadual de Dança do Amapá (Fedam), que relatou repetidas irregularidades, como a inabilitação de eleitores sem justificativa, impossibilitando recursos ou a falta de respostas aos questionamentos levantados.
Alguns segmentos, como audiovisual, protestaram nesta quarta-feira, 24, em frente ao Conselho, pois não estão de acordo com o que está sendo feito pela Comissão, devido aos profissionais terem sido desabilitados para a votação deste pleito, além de reclamarem sobre a pouca divulgação, e o não chamamento das classes para discutir o pleito.
“Porque alguns colegas não foram habitados para votar? Não têm esclarecimento. Tem profissionais aqui com mais de 30 anos trabalhando no audiovisual”, indaga Júlio Becker, do audiovisual. Esses profissionais não são os únicos que não estão contentes com o andamento do processo de eleição. Os artistas plásticos, segmento da Dança, do Teatro, da Literatura também estão intermediando uma conversa na Defensoria Pública e no Ministério Público para tratar sobre o pleito.
Está sendo feita uma enquete para todos do segmento da cultura para saber a satisfação com a condução das eleições pelo CEPC. Segundo Disney Silva, da Comissão das Eleições do Conselho, que está respondendo pelo presidente, que está com Covid-19 e afastado, foi feito um processo buscando atender democraticamente a todos. Foram disponibilizados 2 meses para que os eleitores pudessem levar a documentação para se cadastrar para poder votar, pois era obrigatório levar documentos, e provar que trabalha na atividade continuada do segmento cultural pelo menos nos três últimos anos.
“Essa Comissão veio trabalhando com seriedade, acontece sempre de deixarem para os últimos dias. Como qualquer outra instituição, precisamos atualizar o cadastro. Essa eleição é outra eleição, é outro regulamento. Fizemos a divulgação. Mas não agradamos a todos. Teve prazo para contestar a desabilitação”, informou Disney Silva, da Comissão Eleitoral.