O Governo do Amapá iniciou nesta terça-feira (24) o mutirão Zera Fila, para reduzir o tempo de espera por cirurgias ortopédicas no Hospital de Emergência (HE) Oswaldo Cruz. A meta é, até o final de fevereiro, operar 150 pacientes.
Entre eles, está a dona Maria Lopes, de 51 anos. Moradora de Laranjal do Jari, ela conta que teve uma fratura no tornozelo esquerdo decorrente de um acidente doméstico. Ela foi transferida para Macapá e, internada no anexo do HE há um mês, já estava ansiosa pela cirurgia.“Estou muito ansiosa e feliz. Eu tropecei e caí em casa, acabei tendo uma fratura exposta. Aqui, estou sendo bem atendida e, graças a Deus e ao mutirão, logo poderei voltar para minha casa”, comentou.
Outro paciente a ser atendido no mutirão é o alfaiate Uelliton Almeida, de 33 anos. Vítima de acidente de trânsito no dia 11 de janeiro, ele teve uma fratura no fêmur.
“Fiquei muito feliz de saber que vou passar pela cirurgia logo, porque foram 12 dias esperando. Fui muito bem cuidado nesses dias pela equipe do anexo do HE, mas já não vejo a hora de ir para casa e me recuperar perto da minha família”, celebrou.
O governador Clécio Luís enfatizou que também é preciso combater os acidentes de trânsito, que são causa da maior demanda do HE.
“O mutirão é uma prioridade absoluta, mas também precisamos cuidar das causas. O trânsito, disparado, é o que mais gera os traumas ortopédicos e também contribui para as mortes violentas”, afirmou.
Para executar o programa Zera Fila, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) dobrou o quantitativo de material especializado como órteses e próteses, além de realizar o abastecimento do Centro Cirúrgico com medicação e correlatos, organizar as salas de atendimento e mobilizar equipes multiprofissionais.
Também foi consertado um arco cirúrgico – instrumento que ajuda na precisão do procedimento – e foram ativados 20 leitos para a realização da estratégia.
Em paralelo ao mutirão, os procedimentos tanto do Hcal como do HE continuam normalmente. Nas próximas semanas mais 3 salas cirúrgicas serão equipadas no Hcal para aumentar a capacidade diária da unidade de saúde. Em fevereiro, o governo fará ainda busca ativa dos pacientes que receberam atendimento no HE e que foram dispensados para casa para aguardarem pela marcação da cirurgia. Em outra etapa, o mutirão passará a atender os demais tipos de procedimento, como os vasculares.
