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Adolescente rende psicólogo e foge do CIP

Um adolescente que cumpria medida cautelar fugiu do Centro de Internação Provisória (CIP), localizado no bairro Novo Buritizal, na tarde desta segunda-feira, 28. Segundo informações de uma funcionária, o adolescente, de 17 anos, rendeu o psicólogo utilizando uma caneta, durante seu atendimento, e, sob grave ameaça, empreendeu fuga da unidade, com uma das mãos algemadas. Já é a terceira passagem do adolescente pelo CIP.

Recentemente, este mesmo adolescente, durante banho de sol, iniciou um conflito com outro interno de posse de um estoque artesanal. Segundo alguns funcionários, que não quiseram se identificar, a situação de vulnerabilidade da unidade se deve à estrutura precária, baixo número de servidores, com plantões desfalcados, ausência de um grupo capacitado e equipado para intervenções internas, além da falta de policiamento externo para garantir a segurança dos internos e dos servidores durante as atividades realizadas no núcleo.

Andreza Melo, diretora da Fundação da Criança e do Adolescente (Fcria), informou que foi instaurada uma sindicância para apurar o fato. “Vamos apurar o que ocorreu e estamos tentando avançar nas obras dos centros, que tiveram que paralisar em razão da pandemia da Covid-19”, disse a diretora.

Inspeção

Durante inspeção judicial ocorrida em 17 de junho deste ano, a juíza Laura Costeira referiu que a Polícia Militar deve atuar na segurança externa do núcleo, o que também atribui a segurança interna nas mãos dos monitores, cujas atribuições não competem uso de arma, uso de algema, procedimentos de revista e tampouco são treinados para agir em situações de sinistro, como fugas, brigas e rebeliões. 

Segundo Andreza, o policiamento foi retirado do local, assim como de outros órgãos públicos. “A Polícia Militar contribui com o nosso trabalho. Porém, somente em dias de visitas e de atividades em conjunto com os menores”, disse a diretora.  

O governador do Estado, Waldez Góes, disse durante uma Live no dia 26 de abril deste ano que chamaria o Cadastro Reserva do Concurso da Fcria, realizado em 2018, para suprir a demanda de servidores. Mas, até o momento, não houve nenhuma chamada para uma segunda turma. “Nós, servidores da Fcria, reivindicamos melhorias nas condições de trabalho, especialmente em relação a ausência de segurança, que está submetida dentro das unidades. Com a saída total da PM, ficamos cada vez mais expostos a ocorrências de sinistros, além de provocar prejuízos na execução efetiva da política da socioeducação”, finalizou a funcionária.

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