Advogado de militares presos entra com pedido de habeas corpus no TJAP
O advogado Charlles Bordalo, que representa os quatro policiais militares Adervan Dias Lacerda Júnior, Rondiney Aquino de Freitas, Felipe Mendes dos Santos e Magno Samir Alves Cardoso, entrou com pedido de habeas corpus nesta segunda-feira, 20, no Tribunal de Justiça do Amapá. Os quatro militares estão sendo acusados de crime militar de furto, associação criminosa e estelionato.
De acordo com Charlles, não havia a necessidade de prisão, pois os militares já haviam sido afastados das funções. “Estávamos coletando documentos. Nada foi encontrado que configurasse crime. Não havia a necessidade da prisão. Todos eles seriam ouvidos ainda nesta quarta-feira, 22. Eles estavam à disposição da justiça. Durante mandado de busca e apreensão nada foi encontrado que configurasse crime”, informou o advogado.
Ainda segundo ele, os militares não estavam ameaçando ninguém. “A suposta vítima está presa, agora é a palavra dela contra a dos policiais”, enfatizou.
Entenda o caso
A Polícia Militar, por intermédio do corregedor capitão Marcos Paulo Takada Barros, representou pela prisão preventiva e busca e apreensão, em desfavor dos militares. Segundo a denúncia, no dia 9 deste mês, a suposta vítima Cibele Batista Pantoja estava trabalhando em um salão de beleza quando recebeu a notícia de que uma equipe da Polícia Militar havia invadido a sua residência e estava revirando os seus pertences. Quando chegou em sua residência, averiguou que a guarnição já havia se retirado do local e que documentos pessoais, cartões de débito e a quantia de R$1.650,00 haviam sumido. A vítima se dirigiu a Corregedoria da Polícia Militar para relatar o ocorrido, momento que passou a receber notificações do Banco Mercado Pago informando-a quanto às tentativas de compra em seu cartão em um estabelecimento comercial.
Imagens das câmeras de segurança do local já fazem parte do processo.
