Advogado é preso em flagrante por crime de estelionato virtual
O advogado Lohan Barros, foi preso em flagrante no fim da tarde de ontem, 9, no estacionamento de um Shopping Center, localizado na rodovia JK – zona sul de Macapá -, acusado de estelionato virtual, depois de receber mercadorias (bolsas e sapatos) de uma loja renomada, comprados de maneira ilícita e de forma virtual.
A ação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DR-Cciber), da Polícia Civil (PC).
Segundo informações da delegada Áurea Uchôa, titular da DR-CCiber, o advogado está envolvido com um grupo criminoso que pratica golpes através de compras fraudulentas com cartão de crédito. Ainda de acordo com a autoridade policial, a empresa vítima teve um prejuízo estimado em R$ 400 mil.
“Essa prisão foi oriunda de uma investigação referente a um golpe a uma loja de grife que estava sendo aplicado aqui no estado do Amapá. Essas compras foram efetuadas nesse último fim de semana. O que despertou a atenção da gerente da loja em questão, foi que essas compras foram efetuadas por diversas pessoas, porém, com o mesmo cartão de crédito. Então, eles não efetuaram a entrega naquela ocasião e procuraram a delegacia. Depois, eles organizaram a entrega e a primeira pessoa que foi pegar uma parcela dessa mercadoria, foi esse advogado que prendemos em flagrante”, contou Áurea.
A delegada explicou ainda, que por conta da pandemia, as compras virtuais se tornaram comum e essas compras a distância acabam sendo propícias para esse tipo de golpe.
“Nesse caso, esses criminosos efetuavam as compras a distância, enviavam o cartão de crédito, faziam as compras através desse cartão e, após isso, eles alegavam que tinha muita urgência em ‘tá’ retirando esses produtos. Aí, quando eles pegavam as mercadorias, eles faziam o cancelamento da compra, ficavam com as peças e, por outro lado, a empresa tinha que suportar esse prejuízo”, detalhou a titular da DR-Cciber.
A polícia também fez um mapeamento e descobriu que uma parcela do grupo criminoso está no estado do Amapá e outra no Pará. Todos já foram identificados e estão sendo investigados. Os levantamentos apontaram ainda que bolsas e sapatos adquiridos de forma fraudulenta, eram mandados para a cidade de Belém e lá eram revendidos.
O advogado que já tem passagem pelo crime de receptação, foi conduzido para a sede da DR-Cciber. Em depoimento ele alegou que estava recebendo a mercadoria como forma de pagamento por honorários, referentes a um serviço que ainda não havia prestado. Mesmo assim, Áurea Uchôa disse que não tem dúvida da participação dele no crime. Por isso, o mesmo foi indiciado por estelionato virtual e agora ele aguarda pela audiência de custódia.