Ativistas amapaenses participam em Brasília de encontro nacional contra violência de gênero
Nos dias 02, 03 e 04 de novembro, ativistas amapaenses participaram em Brasília do 1º Encontro Nacional da Campanha Levante Feminista Contra o Feminicídio, Lesbocídio e Transfeminicídio. O momento foi marcado por muitas trocas entre mais de 130 mulheres de 20 Estados brasileiros.
O evento tem o objetivo de fortalecer a luta contra a violência de gênero mais extrema que é o feminicídio e discutir estratégias para combater este mal que matou quase 1500 mulheres em 2023, de acordo com o Anuário de Segurança Pública de 2024.
A principal reivindicação do Levante Feminista é a implementação de medidas concretas por parte dos governos municipais, estaduais e federal para combater esses crimes.
As mortes de tantas mulheres motivadas por questões de gênero , orientação sexual, de raça e desprezo à condição da mulher têm atingido números assustadores, é evidente a banalização da violência contra a figura feminina. “É necessário uma mudança cultural que seja estimulada desde às escolas, passando pela família, a mídia, enfim, por toda a sociedade.” declara Fleur Duarte, ativista dos Direitos Humanos e mulher trans amapaense que participa do evento em Brasília.
A Campanha do Levante Nacional Contra o Feminicídio, Lesbocídio e transfeminicídio surgiu em março de 2021, em plena pandemia de Covid-19, quando os casos de violência de gênero aumentaram consideravelmente.
O movimento reúne mulheres de diversos estados brasileiros, incluindo coletivos, organizações, pesquisadoras e ativistas. Ele existe no Amapá desde seu nascimento e já trouxe várias incidências contra a morte de mulheres em nosso Estado.
Representantes amapaenses desta campanha estão em Brasília onde participam, nesta terça-feira (05), do último ato do Encontro Nacional, no qual estarão entregando um documento resultante dos três dias de discussões a autoridades nacionais.
“É um momento em que traçamos estratégias para os próximos anos, organizamos nosso funcionamento e principalmente pensamos como trabalhar levando em conta toda a diversidade de mulheres, pois somos das águas, das florestas, das cidades, somos indígenas, negras, trans, lésbicas, e muito mais.” disse Mary Cruz, uma das representantes do nosso Estado em Brasília e da coordenação Estadual e nacional do movimento.
O documento que será entregue em Brasília também será disponibilizado ao gestor municipal e ao governador do Estado, assim como a outras autoridades, como senadores e membros do poder legislativo!