A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 6, mais um aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias. De acordo com a estatal, a gasolina aumenta, em média, R$ 0,16 (6,3%), fazendo com que o litro do combustível saia de R$ 2,53 e chegue a R$ 2,69. Aqui no estado, na capital Macapá, motoristas pagavam antes desse reajuste em média R$ 4,90 a R$ 5,10 por litro.
O motorista de aplicativo Michel Oliveira diz que está cada vez mais difícil obter lucro com o preço do combustível tão alto. “Estamos chegando em uma situação insustentável. O preço da gasolina já está muito alto, nossos lucros já estão menores por conta da pandemia e agora mais um aumento. Desse jeito vou ter que pagar para poder trabalhar”, desabafou.
Já o preço do diesel teve aumento de R$ 0,10 (3,7%) por litro, e passa a custar R$ 2,81 nas refinarias. O gás de cozinha (GLP) para as distribuidoras sobe R$ 3,60 por quilograma (kg), refletindo um aumento médio de R$ 0,20 por kg.
A servidora pública Denise Santos relata que está cada vez mais difícil encher o tanque. “Antes era possível rodar uns dois dias com R$ 20,00 agora o mínimo que tenho pra abastecer é R$ 50,00. Em casa precisamos mudar os hábitos porque tudo está mais caro, é o alimento, a energia e agora mais o combustível. Infelizmente a única coisa que não aumenta é o nosso salário”.
Segundo a Petrobras, os reajustes acompanham a elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo e derivados. A empresa informou também que evita repassar imediatamente a volatilidade externa aos preços do mercado interno, mas busca o equilíbrio de seus valores com o mercado internacional e a taxa de câmbio.
Até chegar aos consumidores finais, os preços cobrados nas refinarias da Petrobras na venda às distribuidoras são acrescidos de impostos, custos para a mistura obrigatória de biocombustível, margem de lucro de distribuidoras e revendedoras e outros custos.
“Para o GLP especificamente, conforme Decreto nº 10.638/2021, estão zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e Cofins incidentes sobre a comercialização do produto quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 kg”, explica a nota da Petrobras, que acrescenta que, no caso do GLP, o preço final é acrescido do custo de envase nas distribuidoras.