Documentação de línguas e culturas indígenas é tema de palestra
Encontro é organizado pelos mestrados de Letras e de Cultura e Política da Unifap e Museu Emílio Goeldi (PA) e ocorrerá na próxima sexta-feira (13/06), no campus universitário Marco Zero do Equador, em Macapá (AP)

No dia 13 de junho de 2025, ocorrerá o I Encontro “Conexões Amazônicas – Amapá: Documentação e Fortalecimento de Línguas e Culturas Indígenas”. O evento será realizado às 9h30 no auditório da Biblioteca Central, no campus Marco Zero do Equador da Universidade Federal do Amapá (Unifap), em Macapá (AP).
As inscrições são gratuitas e abertas durante o credenciamento, no dia do evento. A programação é organizada pelo Mestrado Profissional em Estudos de Cultura e Política (PPCult) e Mestrado em Letras (PPGLet) da Unifap, juntamente com o Museu Paraense Emilio Goeldi (PA).
Entre os palestrantes, estão o Prof. Dr. Hein Van der Voort e a Profa. Dra. Ana Vilacy Galúcio, ambos do Museu Paraense Emílio Goeldi. Haverá emissão de certificado de três horas.
Na palestra, será apresentado um panorama das línguas indígenas na Amazônia e as metodologias e ações de documentação de línguas e culturas indígenas que o Projeto “Conexões Amazônicas: centros avançados para documentação, fortalecimento e revitalização de línguas e culturas indígenas na Amazônia” atuará.
Sobre o Projeto Conexões Amazônicas
Segundo a coordenadora do PPCult, Profa. Dra. Elissandra Barros, o encontro faz parte das ações do projeto “Conexões Amazônicas: centros avançados para documentação, fortalecimento e revitalização de línguas e culturas indígenas na Amazônia”, coordenado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, com a Universidade Federal do Pará (UFPA), Unifap, Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Universidade Federal do Maranhão (Ufma).
Barros destacou que o projeto visa combater a ameaça à diversidade linguística e cultural e o grande risco do desaparecimento de línguas e saberes tradicionais indígenas na Amazônia, utilizando técnicas de documentação e preservação dos patrimônios imateriais de 23 povos. “Isso fortalece sua identidade cultural e promove a autonomia das comunidades indígenas”, enfatizou a coordenadora.
A proposta também busca estabelecer uma rede de cinco centros avançados de documentação etnolinguística na Amazônia Legal. Além da ampliação do centro já existente no Museu Paraense Emílio Goeldi, serão criados centros na Unifap, UFPA, Ufam e Ufma.
“Assim, a necessidade da valorização e do fortalecimento de conhecimentos culturais e das línguas dos povos indígenas e do desenvolvimento da infraestrutura de ciência e tecnologia para a salvaguarda dos dados etnolinguísticos no Brasil é o cerne do Projeto”, completou Elissandra.
A coordenação geral do Projeto é da Dra. Ana Vilacy Galúcio, do Museu Goeldi. Na Unifap, estão à frente os professores drs. Elissandra Barros (PPCult/PPGLet), Eduardo Vasconcelos (PPGLet) e Ana Paula Brandão (PPGLet).