Familiares de policial penal assassinado fazem manifestação pedindo revisão de pena da autora do crime
Familiares e amigos do policial penal, José Éder, assassinado pela ex-mulher em novembro de 2021, realizaram uma manifestação na manhã desta quinta-feira, 10, em frente a sede do Ministério Público Estadual, no centro de Macapá. Eles pedem a revisão da pena da autora do crime que está aguardando julgamento em regime domiciliar.
Segundo o irmão da vítima, Ederson Gonçalves, assim que foi decretada a prisão domiciliar de Maria Darcy, os advogados da família entraram com recurso para a conversão do regime domiciliar para o regime fechado. No entanto, segundo Ederson, o pedido não foi analisado.
“Estamos lutando para que a assassina saia da prisão domiciliar, que não tem restrição alguma. Hoje ela sai, utiliza celular, liga inclusive para pessoas próximas as testemunhas de acusação, levando uma vida normal. Esse homicídio abalou toda a família, amigos e a sociedade, um crime bárbaro, que impossibilitou a defesa do meu irmão não pode ficar impune”, disse Ederson.
Segundo ele, o Ministério Público tinha cinco dias para recorrer da decisão, mas até hoje não apresentou recurso. “Esse é o motivo da nossa luta, para que o a justiça revise o processo e encaminhe ela (Maria Darcy) para o Iapen”, finalizou o irmão.
Relembre o caso
Maria Darcy foi presa em flagrante na manhã do dia 12 de novembro, depois de matar o marido, o policial penal José Eder, com uma única facada no pescoço. O crime aconteceu num apartamento no condomínio Vitória Régia, no bairro São Lázaro, na zona norte de Macapá.
Segundo informações do Inquérito Policial (IP), a motivação para o crime estava relacionada com o fato da acusada não ter aceitado a separação, e a descoberta de possíveis amantes de José Eder.
Os vizinhos relataram que teriam ouvido a discussão entre o casal e o motivo seria porque ele queria se separar dela e ir embora. O filho adolescente do casal que estava na casa no momento do crime confirmou a informação que o pai queria sair e a mãe teria trancado as portas para impedir a saída dele.
