Fiscais da Semhou paralisam sede e exigem direitos
Profissionais alegam não receber há meses pagamentos de horas extras e produtividades.
Nesta quarta-feira, 29, fiscais da Secretaria Municipal de Habitação e Ordenamento Urbano (Semhou) realizaram uma paralisação, impedindo a entrada de pessoas, inclusive, funcionários, na sede da Avenida Presidente Vargas. O motivo da manifestação seria a falta de pagamento adequado aos funcionários, que não recebiam os pagamentos adicionais que, por direito, lhes eram cabíveis.
Segundo citam os fiscais participantes da paralização, funcionários das secretarias de Meio Ambiente e Zeladoria Urbana de Macapá também passam pelo mesmo transtorno. Os fiscais entrevistados não quiseram ter suas identidades expostas, mas contam toda a situação.
O problema começou durante a mudança de gestão da prefeitura, com a posse do Dr. Furlan na prefeitura da cidade. Por lei, parte dos lucros de arrecadação da secretaria deveriam ser encaminhados aos fiscais, sendo este o pagamento de “produtividades”, mas estes alegam não receber o direito há meses. As horas extras trabalhadas durante a pandemia, ainda segundo os mesmos, também não estão sendo repassadas.
“A gente está aqui, se chamarem a gente meia-noite, a gente está meia-noite, se chamarem a gente 5 da manhã, a gente está cinco da manhã, a gente nunca se negou a trabalhar mesmo com essa situação”, cita um dos fiscais protestando contra a falta de pagamentos de hora extra e produtividades, em uma reunião que ocorreu hoje pela manhã com o Rafael Martins, secretário municipal de Habitação e Ordenamento Urbano.
Esta reunião, que aconteceu durante a paralização, reuniu o secretário e a maioria dos fiscais reclamantes, que expuseram suas situações e exigiram soluções, pois desde o início do ano negociavam o pagamento de seus direitos e não recebiam. “A gente pegava oito horas da noite e saia quatro da manhã, duas da manhã”, afirma uma fiscal acerca das operações de fiscalização da Covid-19 em julho, cujas horas extras não foram pagas adequadamente.
“A gente vai levar a informação para a secretaria competente para fazer esse pagamento do atraso”, afirmou o secretário após a reunião, alegando ainda que o pagamento das horas extras de julho sairiam ainda nas próximas folhas de pagamento.