Polícia

Militar da Reserva do Exército tem prisão preventiva decretada e alega legítima defesa

Antônio Carlos Araújo, de 59 anos, que foi filmado atirando e matando o idoso Antônio Candeia, no último fim de semana no município de Amapá, teve a prisão preventiva decretada e deve seguir ainda hoje para o Centro de Custódia do bairro Zerão. Ele alegou que só atirou para se defender.

O caso envolvendo o assassinato do idoso conhecido como “Maranhão”, ocorreu em uma fazenda no município de Amapá, durante uma discussão por posse de terras e teve grande comoção social. O crime, supostamente motivado por um desentendimento relacionado a lotes, resultou em disparos que culminaram com a morte do idoso. Carlos, que foi filmado atirando no idoso, e teve o vídeo viralizado nas redes sociais fugiu do local logo após o ocorrido e somente se entregou à polícia nesta segunda-feira, 25, no Ciosp do Pacoval, acompanhado de seus advogados Evandson Mafra, Bruno Lamarão e Rogério Muniz. Na chegada ao Ciosp ele não quis falar com a imprensa. Ele somente entrou tranquilo na delegacia e disse que falaria depois.

Os advogados de defesa, do escritório MAFRA Advogados Associados, Evandson Mafra, Bruno Lamarão e Rogério Muniz, pontuaram que “a sociedade tomou como parâmetro somente o vídeo publicado nas redes sociais, mas desconhece que desde o dia 20/11, o Sr. Maranhão já vinha ameaçando o proprietário do imóvel, sendo inclusive registrado dois boletins de ocorrência.

“Assim como no dia dos fatos, este ateou fogo na plantação do imóvel e quis incendiar a casa do caseiro, razão pela qual a Polícia Militar foi ao local, e ele se embrenhou no mato buscando fazer uma emboscada”, disse a defesa.

“Também é válido ressaltar que Maranhão além de dispor de vasto histórico em processo criminais, estava portando uma arma de fogo e um arma branca em propriedade privada e a legítima defesa pode ser amplamente configurada, no caso em concreto”, finalizou Bruno.

A defesa vai apontar legítima defesa no caso. A pistola utilizada no crime foi entregue ao delegado responsável pela investigação.

O caso gerou atenção na região por envolver conflitos agrários, uma questão recorrente em áreas rurais do Amapá. Em fevereiro de 1994 ocorreu a Chacina Magave onde 5 idosos de uma mesma família foram assassinados pela mesma razão.

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