Polícia

PF prende servidores da Semsa e empresário envolvidos em suposto desvio de 1 milhão em recursos federais destinados a pandemia

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 15, a Oração Carburante, cujo foco é aprofundar as investigações em andamento e identificar pessoas ligadas ao desvio de R$ 1 milhão em recursos federais que foram destinados a Macapá, para o combate a pandemia do novo corona vírus.

Seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 20 agentes federais na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), no Departamento de Transporte da Semsa, em um posto de combustível e na residência de três investigados. Um empresário e dois servidores do município foram presos através de mandados de prisão temporária.

Segundo a PF, as investigações iniciaram após denúncia de que, agentes públicos, que ocupavam cargos comissionados na Secretaria Municipal de Saúde, haviam se associado para desviar valores, por meio de fraudes em abastecimento de veículos, em diárias, além de gastos com água e alimentação. Os levantamentos apontaram que, somente no ano passado, foram usados R$ 580.679,00 em apenas três meses. Este ano a quantia chegou a R$ 419.330,00.

Agentes também cumpriram mandado na residência de três envolvidos

A verba destinada era específica para o setor de vigilância sanitária, mas segundo as investigações da Polícia Federal, foram utilizadas para outros fins, como no consumo com combustíveis para pessoas que trabalham nos gabinetes de outros setores, que chegaram a R$ 250 mil, só em 2020.

Secretaria de saúde e posto de combustível também foram alvos na ação

O esquema funcionava com a confecção de portaria de diárias fraudulentas, que eram encaminhadas para o setor de finanças, para a liberação do pagamento. Pelos menos duas destas portarias, para as mesmas pessoas, com as mesmas datas, para os mesmos lugares e com o pagamento duplicado, foram identificadas pela polícia.

Foi apurado também, que os servidores eram pagos, mas não viajavam a trabalho. Além disso, com o apoio do dono do posto de combustível, eles lançavam notas fraudulentas de abastecimentos, gerando assim o desvio dos recursos. Carros particulares também eram abastecidos com a verba pública, segundo a PF.

Os investigadores poderão responder por associação criminosa e peculato, cuja pena somadas chegam a 15 anos de prisão

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