Polícia começa a ouvir testemunhas da confusão que culminou com agressão a médico em Macapá
A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), iniciou as investigações para apurar a suposta tentativa de homicídio que vitimou o médico Jailson de Amorim Mariano, de 31 anos de idade.
O delegado Wellington Ferraz, titular da especializada e que está presidindo o Inquérito Policial (IP) que irá elucidar o caso, deu início na manhã desta terça-feira (26), às oitivas de testemunhas e pessoas envolvidas no fato.
“São pessoas que estavam presente no balneário onde ocorreu o crime. Até o primeiro momento o que temos de informação é o que consta no registro de ocorrência feito na 7° DP, de uma suposta tentativa de homicídio. Porém, vamos ver com as apurações do IP, se ficará evidenciado, de fato, que foi ou não. Pois, o que tudo está indicando, é que houve uma confusão generalizada, na saída dessas pessoas, dessa localidade, o que descambou para discussões, posteriormente, agressões. Então, vamos verificar as circunstância como tudo isso aconteceu, de que forma aconteceu, para só depois, entender se foi uma tentativa de homicídio ou uma lesão corporal grave, gravíssima, quem participou, o por que fez isso e qual a motivação”, explicou Ferraz.
A Polícia Civil (PC) não descarta a possibilidade de várias pessoas serem responsabilizadas pelo crime. “A família aponta uma pessoa como autor dessa agressão que levou o médico ao hospital. Então, com essa bateria de depoimento, nós vamos poder identificá-lo e saber se outras pessoas participaram, juntamente com ele, teve participação e contribui de alguma forma para que essa vítima viesse a sofrer essa internação”, concluiu.
Wellington Ferraz disse ainda que os supostos autores também serão intimidados para prestar esclarecimentos. “Precisamos saber em que contexto partiram para essas agressões. Por isso, vamos ouvir todas as partes para saber, realmente, o que houve naquele dia. Acredito que ao longo dessa semana, teremos uma posição bem real a respeito desse fato”, finalizou a autoridade policial.
O caso
O médico Jailson foi agredido a pauladas no início da noite de domingo (24) e segue internado em estado grave. Ele precisou ser transferido para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), e está intubado.
A família dele alega que estava voltando de um terreno, localizado no Lontra da Pedreira – na AP 070 – e, no momento em que desembarcava em um pier no balneário, foram agredidos verbalmente por uma mulher que, aos gritos dizia que haviam batido no barco dela.
Ainda de acordo com familiares de Jailson, mesmo tirando por menos, eles foram surpreendidos por um homem. Exaltado, o mesmo foi empurrado, escorregou e acabou caindo ao chão, iniciando aí, uma briga generalizada.
Além do médico, outras pessoas da família foram feridas, mas nenhuma gravemente.
