Educação

Prêmio Educa Macapá é alvo de denúncias de irregularidades e publicação tardia de decretos municipais

O 2º Prêmio Educa Macapá de Alfabetização – edição 2024, destinado a reconhecer os professores mais bem avaliados na alfabetização, está no centro de uma polêmica após denúncias de irregularidades no processo de avaliação e falta de transparência na premiação. Além disso, a publicação de dois decretos municipais relacionados ao prêmio trouxe ainda mais questionamentos.

Segundo relatos de uma professora da Escola Municipal Eunice das Chagas, no bairro Pacoval, as provas finais aplicadas aos alunos do primeiro ano, que deveriam ser inéditas e elaboradas para medir a evolução das crianças, foram as mesmas utilizadas na edição anterior. “Alguns professores usaram essas provas como simulados, e a equipe responsável pelo prêmio havia prometido refazer a avaliação, mas isso não ocorreu. Hoje, já sabemos os nomes dos ganhadores, e o processo não parece transparente”, afirmou.

Decretos municipais aumentam as dúvidas

A situação se agravou com a divulgação de dois decretos municipais assinados pelo prefeito Dr. Furlan, que só vieram a público nesta sexta-feira (29), quase ao meio-dia. O primeiro decreto, datado de 11 de novembro de 2024, estabelece os critérios para a premiação, enquanto o segundo traz alterações que surpreenderam os profissionais da educação.

Conforme a professora, as mudanças promovidas pelos decretos não foram previamente comunicadas nem aos diretores das escolas. “Pelo primeiro edital, meus alunos alcançaram a média necessária, e eu ganharia o prêmio em segundo lugar. No entanto, com a alteração de critérios, fui prejudicada, e isso é uma desmotivação para quem trabalhou tanto durante o ano”, desabafou.

Indignação dos professores
Educadores afirmam que o atraso na divulgação dos decretos e as mudanças repentinas nos critérios de avaliação comprometem a credibilidade do prêmio. “Ninguém sabia dessas alterações antes. Nem mesmo os próprios diretores tinham conhecimento. É uma falta de respeito com os professores e com o trabalho sério que realizamos”, declarou outra docente.

Até o momento, a Secretaria Municipal de Educação e a Prefeitura de Macapá não se pronunciaram sobre as denúncias e as alterações nos critérios. Professores pedem esclarecimentos e reivindicam transparência no processo para que o prêmio reflita o esforço real dos profissionais e a evolução dos alunos.

A expectativa é de que o caso seja apurado e que medidas sejam tomadas para evitar novas controvérsias nas próximas edições do prêmio.
Veja os dois decretos:

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