Polícia

Quarto acusado de participar de latrocínio no centro de Macapá se entrega a polícia, mas nega envolvimento no crime

Edison Luiz de Moraes Alencar Neto, de 22 anos de idade, se apresentou ao delegado plantonista do Ciosp do Pacoval, na tarde desta quarta-feira (15).

Netinho como é conhecido, estava acompanhado de uma advogada e não quis falar com a imprensa. Já ao presidente do Inquérito Policial (IP) que apura o latrocínio que vitimou Nicollas Matheus Almeida, o criminoso negou envolvimento com o fato, mesmo diante das provas e evidência.

“A oitiva deste criminoso foi muito conflituosa. Ele alega que não participou dessas ações, mesmo sendo mostrado a ele tudo o que pesa contra o mesmo. A justificativa é que as pessoas tem interesse em vê-lo preso. Mas, existe um conflito de informações, porque quando perguntado se estava em determinado local, tal dia, tal hora, ele diz que não. Só que quando comprovamos a ele, através dos meios investigativos que ele estava sim, ele desconversa”, explicou o delegado Vladson Nascimento, da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).

Delegado Vladson Nascimento, da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).

Contra o bandido existia um mandado de prisão em aberto. Agora, Netinho será transferido para a penitenciária, onde se juntará aos outros dois comparsas. Com isso, a Polícia Civil (PC) dá o caso como concluído. Entretanto, iniciará as averiguações a cerca dos numerários arrecadados com os assaltos praticados pelo grupo criminoso, denominado “Bonde do Pé na Porta”.

“As diligências, o cerco, estava concentrado em cima desse último indivíduo. Ele é o que sai do carro e tenta ajudar o elemento que efetua o disparo contra a vítima. Com isso, a gente fecha essa investigação e remete essa primeira fase a Justiça, para que ele possa responder criminalmente. Agora, vamos desenvolver a segunda fase investigativa para apurar os crimes de organização criminosa e outros roubos que ele e esse bando praticou”, disse a autoridade policial.

Contra o bandido existia um mandado de prisão em aberto.

Os bandidos vão responder por latrocínio (roubo seguido de morte) e associação criminosa. Além de participação no caso do estudante de direito, Nicollas Matheus, Netinho é acusado de ter disparado contra um subtenente da Polícia Militar (PM) durante um assalto, no início do mês.

Relembrando o caso

Nicollas Matheus foi morto na frente da noiva, no dia 21 de maio, ao reagir a um roubo, após sair de um bar a duas quadras da casa onde morava.

Câmeras de segurança de casas da avenida Cora de Carvalho, onde o crime aconteceu, mostraram que Netinho, na companhia de Antônio Carlos Rodrigues, de 22 anos, preso três dias depois do fato, abordou as vítimas. Carlos foi quem efetuou o tiro fatal no rosto da vítima.

O terceiro envolvido, Vitor Farias Belmiro foi localizado e capturado no dia 9, no bairro Infraero II, na zona norte da cidade. Contra ele havia um mandado de prisão temporária em aberto. De acordo com a polícia, ele é o dono do carro, um Corolla de cor preta, usado no dia do fato.

Nicollas Matheus foi morto na frente da noiva, no dia 21 de maio.

Depois de ser preso, Vitor levou os policiais do Grupo de Intervenção Rápida e Ostensiva (Giro) do Bope, até um hotel no centro da capital, onde estava morando. No quarto em que ele estava hospedado, foram encontradas munições, telefones celulares, jóias, documentos e cartões de terceiros. No porta malas do corola, que foi apreendido, foi encontrada uma mala com roupas. A autoridade policial acredita que o criminoso pretendia fugir do Estado.

Nesse mesmo dia, agentes da PC cumpriram também mandados de buscas e apreensão na casa de Patrick Kleybson Ferreira Trindade, de 27 anos, o “PK”, que morreu na madrugada do dia 8, em um confronto com equipes do Bope. Conforme o apurado, PK era quem dirigia o carro no dia que Nicollas Matheus foi assassinado.

No imóvel, foram encontrados diversos documentos de pessoas que foram vítimas de assalto. Uma Range Rouver, avaliada em R$ 300 mil, que pertencia ao bandido, foi apreendida.

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